O presidente Jair Bolsonaro disse
hoje (5) que o nível de impostos aplicado à importação de produtos afeta a
competitividade e deve ser revisado no âmbito do Mercosul. Bolsonaro abriu, no fim da
manhã desta quinta-feira, a 55ª Cúpula de Chefes de Estado do
Mercosul e Estados Associados, em Bento Gonçalves, no
Vale do Vinhedos, Rio Grande do Sul.
Ele
citou os acordos de livre comércio fechados este ano pelo bloco com a União Europeia e com Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA),
enfatizando que precisam ser implementados com rapidez, e disse que é preciso
“levar adiante as reformas que estão dando vitalidade ao Mercosul, sem aceitar
retrocessos ideológicos”. Para o presidente brasileiro, a renovação do Mercosul
tem papel central no aumento da integração aos fluxos globais de comércio e
investimentos.
“Outro
fator determinante para nossa participação na economia mundial é o nível de
impostos aplicados às importações. A taxação excessiva afeta a competitividade
e é prejudicial a quem produz. O Brasil confia na abertura comercial como
ferramenta de desenvolvimento e por isso insiste na necessidade de reduzir ou
revisar a Tarifa Externa Comum [TEC]”, destacou Bolsonaro. Durante a presidência pro
tempore do Brasil no Mercosul houve empenho no plano técnico
para revisar e modernizar a TEC.
O presidente brasileiro
anunciou ainda que, “apesar da difícil situação fiscal do Brasil”, o país fará
o pagamento de R$ 12 milhões ao Fundo para a Convergência Estrutural do
Mercosul (Focem) e disse que espera regularizar a situação com o fundo num
futuro próximo. O Brasil é o maior contribuinte, aportando 70% dos recursos do
fundo.
Presidencia
do Praguai:
A Cúpula do Vale dos Vinhedos encerra a presidência brasileira do Mercosul, que será transferida para o Paraguai pelos próximos seis meses. Durante seu discurso hoje, o presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, enfatizou o compromisso do país com o fortalecimento e respeito aos valores democráticos e aos direitos humanos e disse que as nossas diferenças de origem, de visão e ideológicas “devem servir para enriquecer o debate regional em busca da construção de uma sociedade mais justa e igualitária”.
A Cúpula do Vale dos Vinhedos encerra a presidência brasileira do Mercosul, que será transferida para o Paraguai pelos próximos seis meses. Durante seu discurso hoje, o presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, enfatizou o compromisso do país com o fortalecimento e respeito aos valores democráticos e aos direitos humanos e disse que as nossas diferenças de origem, de visão e ideológicas “devem servir para enriquecer o debate regional em busca da construção de uma sociedade mais justa e igualitária”.
“Continuaremos impulsionando
o processo de integração levando em consideração os desafios do mundo de hoje.
[...] Entre os temas prioritários está o impulso de agenda digital, do comércio
eletrônico e fortalecimento das ferramentas para favorecer um comércio regional
mais inclusivo, enfatizando as micro, pequenas e médias empresas, assim como o
empoderamento econômico das mulheres e jovens”, disse o presidente do Paraguai.
Benítez destacou ainda a
importância de “alcançar a verdadeira complementaridade produtiva, aproveitando
as realidades e potenciais do Mercosul e de cada um dos seus integrantes, de
modo a seguir desenvolvendo cadeias de valor, especialmente em setores não
tradicionais”. Ele citou como exemplo o setor automobilístico e defendeu a sua
inclusão nas regras comerciais e tarifárias do Mercosul. “Todos os países do
sistema contribuem para uma genuína cadeia de produção e consumo”, disse.
Antes da cúpula, os
presidentes brasileiro e paraguaio se reuniram para tratar de um acordo
automotivo entre os dois países. Se aprovado, o acordo pode ampliar as
exportações de automóveis fabricados no Brasil para o Paraguai. O país vizinho
também tende a se beneficiar, já que exporta peças e equipamentos que são
usados na montagem de carros no Brasil.
Agencia Brasil
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