O presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou
nesta quinta-feira (14) que marcará a votação da proposta de reforma da
Previdência para o dia 19 de fevereiro – portanto após o recesso legislativo e
até mesmo depois do carnaval de 2018.
Maia faltou à reunião
da executiva nacional do Democratas, realizada nesta manhã, para discutir a
data da votação com o relator da proposta, deputado Arthur Maia (PPS-BA),
e com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. O anúncio do presidente da
Câmara confirma o que havia sido adiantado nessa quarta-feira (13) pelo líder do governo no Senado, Romero
Jucá (PMDB-RR). O peemedebista divulgou
nota dizendo que o governo desistiu de maratonar para conseguir votar a reforma da Previdência ainda em
2017, mas a atitude incomodou o Palácio do Planalto, que posteriormente
desmentiu a informação.
A leitura
do relatório da PEC que altera as regras para acesso à aposentadoria foi
mantida para a tarde desta quinta-feira no plenário da Câmara dos Deputados. Internado em São Paulo, o presidente Michel Temer (PMDB) esperava votar a proposta já na semana que vem , a última antes do recesso parlamentar, que
oficialmente terá início no dia 23.
Rodrigo Maia disse que foram feitos ajustes no
texto da reforma porque houve "contaminação" do projeto. O
deputado também reclamou de uma "comunicação pouco efetiva" e da
baixa recepção da população quanto ao projeto – apesar de o governo federal ter
investido alto em peças publicitárias defendendo a reforma.
O projeto inicial do pacote de mudanças na
aposentadoria foi aprovado em maio na comissão especial da Câmara e já poderia
ter ido a votação naquele mesmo mês. Mas o desencadeamento da crise
política ocasionada pelas denúncias de executivos da JBS contra o presidente
Temer fez com que a reforma estacionasse na Câmara.
Nas últimas semanas, o governo aumentou os
esforços – com o presidente Temer se empenhando pessoalmente nas negociações –
para obter apoio de deputados e votar o projeto no plenário, onde o texto
precisa de ao menos 308 votos para ser aprovado e posteriormente encaminhado ao
Senado.
O PMDB e o PSDB já fecharam questão a favor da reforma da Previdência ,
o que significa que os parlamentares desses partidos que não votarem a
favor da proposta poderão até mesmo sofrer punições dentro de suas legendas. A
executiva nacional do DEM decidiu na reunião realizada nesta manhã em Brasília
que a possibilidade de também fechar questão sobre o tema será discutida
somente no ano que vem. O partido tem atualmente 30 deputados no exercício do
mandato, portanto em condições de participar da votação do projeto.
Fonte: Ultimo Segundo