A
sessão do Senado em que estava prevista a análise da reforma trabalhista nesta
terça-feira (11) foi suspensa depois que um protesto da oposição impediu o
presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), de sentar-se à mesa.
Irritado,
o peemedebista desligou os microfones, apagou as luzes e deixou o plenário
dizendo que "nem na ditadura se fazia isso".
A
senadora Fátima Bezerra (PT-RN), acompanhada das senadores Gleisi Hoffmann
(PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PC do B- AM), se recusaram a se levantar da
cadeira.Eunício chegou ao plenário às 11h50, quando senadores da oposição já
discursavam contra a votação do projeto que modifica as leis trabalhistas.
Depois
de passar mais de dez minutos sem conseguir sentar na cadeira de presidente, o
peemedebista pegou o microfone e encerrou a sessão. As luzes do plenário foram
apagadas em seguida e os microfones foram cortados.
Um
grupo de senadoras da oposição permanece na mesa diretora do Senado, enquanto
governistas permaneceram em plenário. Pouco depois, Eunício deixou o plenário.
O
governo tenta mostrar força na votação prevista para esta terça, para quando
estava prevista a última etapa de tramitação do projeto. Levantamento feito
pela Folha de S.Paulo mostra que o Palácio do Planalto tem uma margem apertada
para conseguir modificar as leis trabalhistas. Apenas 42 dos 81 senadores
declaram apoio ao texto. Se todos estiverem presentes, o governo precisa de 42
votos para aprovar a reforma.
Com
informações da Folhapress.