O combate à
instrumentalização do ensino para fins políticos, ideológicos e partidários é a
bandeira da Escola Sem Partido. O coordenador do movimento, Miguel Nagib, vai
estar em Salvador neste sábado (11), quando fará palestra sobre o tema, às
9h30min, no auditório do Hotel Portobello, em Ondina. Com entrada franca, o
evento será uma boa oportunidade para pais, alunos e educadores baianos
discutirem o problema da doutrinação ideológica, que está afetando a qualidade
da formação dos estudantes brasileiros.
Organizador do encontro,
apoiado pela Fundação Liberdade e Cidadania, o empresário e economista
Alexandre Aleluia Costa observa que o atual desvirtuamento da educação nacional
se reflete na vergonhosa posição, entre os últimos lugares, que o país ocupa nos
rankings internacionais do setor. “As escolas e universidades no Brasil
deixaram de cumprir o papel de centros de produção e difusão do conhecimento,
para virarem centros de doutrinação ideológica e política a serviço de
partidos”.
Para o coordenador da Escola
Sem Partido, uma associação informal, independente e sem fins lucrativos,
Miguel Nagib, não estão sendo professores ou mestres, aqueles que optam pela
militância partidária e política, em vez de promover a liberdade de pensamento
e o pluralismo de ideias nas escolas brasileiras. “No Brasil, a despeito da
mais ampla liberdade, boa parte das escolas, tanto públicas quanto
particulares, lamentavelmente, já não cumpre esse papel”, afirma Nagib. Segundo ele, vítimas do assédio de grupos e
correntes políticas e ideológicas com pretensões claramente hegemônicas, essas
escolas se transformaram em meras caixas de ressonância das doutrinas e das
agendas desses grupos e dessas correntes.
Nagib informa que o
movimento mantém o site escolasempartido.org, único em língua portuguesa
inteiramente dedicado ao problema da instrumentalização do ensino para fins
políticos e ideológicos. “Esse site foi criado para mostrar que esse problema
não apenas existe, como está presente, de algum modo, em praticamente todas as instituições
de ensino do país”, diz, destacando que o movimento já inspira legislações em
alguns municípios com o propósito de coibir a doutrinação ideológica nas
escolas.
Fontes: Miguel Nagib e Alexandre
Aleluia Costa