Apesar de serem animais com características de vida aquática,
pinguins são aves e, quando falamos em acasalamento, é também como aves que
esses animais se reproduzem. Em todo o mundo, há cerca de 20 espécies de
pinguins, e, ainda que todas elas se reproduzam de forma parecida, cada espécie
tem seu jeitinho próprio de agir na hora de fabricar bebês pinguins. A maioria
das espécies acasala durante o período do verão antártico, que é de outubro a fevereiro.
Ainda assim, outras preferem o inverno para procriar. O processo começa com a
chegada dos machos, que se posicionam em locais estratégicos para esperar as
fêmeas. Alguns pinguins, como os pinguins-de-adélia, constroem ninhos. Aí, no
caso, quem prepara a casa dos futuros filhotes é o macho, que brinca de
arquiteto com o que tiver por perto: galhos, pedras e qualquer outro objeto que
aparente ter utilidade. As pinguins fêmeas fazem charme e às vezes deixam os
machos esperando por até algumas semanas. Quase monogâmicas, procuram pelo
mesmo parceiro do acasalamento passado. E, para garantir que o ato aconteça,
inspecionam a qualidade do ninho e ainda os comparam com os ninhos da
vizinhança – essa comparação às vezes acaba em briga, principalmente quando há
outras fêmeas fazendo o mesmo serviço.
Mas não são todas as espécies de pinguim que seguem esse
modelo tradicional de construir ninhos e conquistar a fêmea por meio dos dotes
arquitetônicos.Para alguns pinguins a coisa não funciona assim, e, então, as
fêmeas escolhem seus parceiros com base no canto dos machos e também no tamanho
deles. É pela cantoria, aliás, que as fêmeas conseguem distinguir qual
candidato será um pai presente, que vai ficar mais tempo cuidando do ninho. E
você achando que era bom de audição. Depois de todo esse processo seletivo
complicado, uma vez que o casal esteja formado, o acasalamento tem início. Se
tem uma coisa que podemos dizer sobre o namorico dos pinguins é que a coisa é
bastante barulhenta. Isso acontece porque durante as preliminares do
acasalamento, os animais gritam de modo que o parceiro vai se tornar hábil a
reconhecer os sons do outro, em uma suposta situação de perigo no futuro. Quando
a gritaria acaba, a fêmea se deita no chão para que o macho suba em suas
costas. Nessa hora, a fêmea levanta a sua cauda e permite que a cloaca fique
exposta – é por esse orifício que o macho deposita suas células reprodutoras.
Aí é só esperar a chegada dos ovos.
Assim que a fêmea bota os ovos, quem fica responsável por
chocá-los é o macho, pelo menos me um primeiro momento. Nas espécies que não
constroem ninhos, os pinguins fazem um processo de incubação e mantêm os ovos
embaixo de seus pés. Depois disso, é só esperar a chegada dos novos membros da
família.
Fonte(s) Live Science/Joseph Castro