Os pequenos comerciantes da
região estão prestes a enfrentar cenário de redução nas vendas, principalmente
quando o assunto se refere ao consumo por meio de crédito. O aumento do
pessimismo da população em relação ao mercado de trabalho e o endividamento são
os venenos que prejudicam a situação do segmento. O planejamento é a chave para
que os empreendedores passem por essa fase de maneira segura, com redução dos
riscos. Essas estratégias devem ser traçadas tanto para os estoques como também
em relação às futuras vendas, como identificação da clientela atual e adequação
de produtos e serviços, sempre com o objetivo de manter o fluxo de recursos
durante os próximos meses e liquidar as dívidas com os credores, orienta o presidente
da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Evenson Robles
Dotto.
Vários aspectos têm
contribuído para que os especialistas avaliem que o cenário aos pequenos
comerciantes será complicado nos próximos meses. O principal deles está
relacionado ao mercado de trabalho. É o que aponta pesquisa da CNI
(Confederação Nacional da Indústria). O INEC (Índice Nacional de Expectativa do
Consumidor) mostra que os brasileiros têm reduzido o otimismo em relação ao
emprego neste ano. O indicador, que estava em 131,9 pontos em janeiro, passou
para 117,4 em fevereiro e 113,7 no mês passado.
“Sem contar que, em outras
de nossas pesquisas, direcionadas especificamente àqueles que estão empregados,
eles se mostram com mais medo de perder o emprego”, destaca o economista da
CNI, Marcelo Azevedo. Além das previsões negativas, que reduzem a pretensão de
consumo, há também a queda na demanda de crédito, principalmente por causa do
encarecimento do dinheiro e do endividamento das famílias. No Grande ABC, em 2013,
o estoque de crédito total, considerando operações para consumidores e
empresas, cresceu 5%. O resultado representou desaquecimento frente ao ano
anterior, tendo em vista que em 2012, contra 2011, houve acréscimo de 19%.
“Já vimos um reflexo dessa
desaceleração sobre o consumo, tendo em vista que o varejo teve o pior
desempenho nos últimos dez anos”, pontua
ASCOM Força Sindical