O deputado estadual Tom Araújo (DEM) solicitou à Secretaria de Segurança
Pública que faça imediatamente, uma reavaliação do contingente de policiais
civis e militares na Região do Sisal, uma vez que há um crescimento
populacional e a defasagem no número de agentes de segurança. A indicação foi
elaborada a partir da avaliação dos dados do Fórum Brasileiro de Segurança
Pública (FBSP) do Ministério da Justiça, que colocam a Bahia na quarta
posição do Estado mais violento do país em números de assassinatos.
O deputado citou como exemplo a situação de Conceição do Coité, com uma
população de quase 67 mil habitantes e um contingente 27 policiais militares e
metade deste número de policiais civis. “A Organização das Nações Unidas (ONU)
estabelece como parâmetro que o ideal seria de um policial para cada grupo de
250 habitantes. Se levarmos em conta, só na cidade de Conceição do Coité,
seriam necessários um mínimo de 270 policiais, Ou seja, só na cidade de
Conceição do Coité temos apenas 10% do efetivo ideal. Se levarmos em
consideração de que a região do sisal possui 20 cidade e aproximadamente 800
mil habitantes, o efetivo ideal seria de 3.200 policias e a região não tem nem
um terço deste contingente”, afirmou o deputado.
Tom lembra que a Segurança Pública é um dever do Estado assegurado pela
Constituição e que a carência vem sendo assumida, mais uma vez, pelas
prefeituras com a criação das Guardas Municipais, proposta ineficaz na maioria
dos casos porque a maior parte das cidades não tem condições de arcar com essa
despesa. “As limitações dos municípios são muito grandes. O mesmo ocorre com as
Guardas Municipais, com poderes limitados e sem condições de fazer frente à
criminalidade. Basta ver o aumento e a violência nos assaltos a banco que vem
ocorrendo no interior onde a própria PM tem se mostrado ineficaz porque os
batalhões não conseguem fazer frente a quantidade e o armamento dos bandidos”,
comparou Tom Araújo.
“E, segundo o deputado, a ousadia dos bandidos tem chegado ao absurdo.
“Tivemos agora o assalto ao comandante-geral da Polícia Militar coronel Alfredo
Castro foi roubado enquanto ele fazia caminhada na orla da capital. Se os
bandidos não estão respeitando nem o comandante geral da Polícia Militar
imaginem o que não deve estar acontecendo em todo o Estado na área da Segurança
Pública? E isso se deve em parte a insuficiência de contingente nas cidades
para fazer frente à criminalidade. “Em outra parte, faltam armamentos e viaturas,
delegacias e batalhões estruturados, combustível – que em grande parte é
financiado pelas prefeituras – e uma política pública eficaz de combate a
criminalidade”, destacou o deputado.
Mas Tom ressalta que essa não é a única solução. “O crime não se combate
apenas com armas e homens. Precisamos também de uma política eficiente de
Educação, Saúde, Habitação, Geração de Empregos para o povo desempregado,
Esportes, Cultura e Lazer para as crianças e jovens não se envolverem com o
tráfico, e a participação da sociedade e, principalmente da família nas ações
para revertermos a criminalidade. Mas isso só ocorre a longo prazo” disse Tom.
Mas, segundo o deputado. oO problema hoje é imediato: “Precisamos
combater a criminalidade com eficiência, homens e armas porque é o nosso povo
que está morrendo nas ruas, sendo assassinado nos assaltos a bancos ou em
brigas de quadrilhas por causa do tráfico de drogas. Essa é a condição mais
imediata e que precisa de uma reação já. Dai a minha indicação ao governo para
uma reavaliação total da estrutura da Segurança Pública em Coité e toda região
do Sisal. Essa é uma necessidade urgente para que acabemos de vez com essa
mazela que é a violência em nosso Estado, atestado, inclusive pelo próprio
governo como o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) do Ministério da
Justiça”, concluiu o deputado Tom Araújo.
Texto - Aloísio Araujo Jr