É verdade que o governador Jaques Wagner não
tem pressa alguma para definir a chapa com que Rui Costa, seu chefe da Casa
Civil, vai disputar a sucessão em 2014. Com isso, ele pretende com que a fatura
só seja liquidada lá para março, portanto, depois do Carnaval. É o tempo em que
ele acredita que Rui, depois de ser exibido pelo interior a fora na condição de
candidato seu e do PT, deve começar a mostrar mais musculatura e,
possivelmente, melhor desempenho nas pesquisas.
Qualquer que seja o movimento de Wagner até
lá, ele não poderá prescindir de Otto Alencar. Trata-se de seu vice atual, além
de secretário de Infraestrutura. Exatamente por se tratar de seu vice, Wagner
não pode romper com ele ou excluí-lo da chapa, o que significa que Otto terá
posição privilegiada no jogo, que muitos dizem ser ocupando a vaga ao Senado,
por preferência pessoal sua.
Em tese, portanto, é a vice que está em jogo.
Para ela, a princípio, surgem dois partidos, o PP e o PDT. No primeiro, Wagner
tem à disposição os nomes de Mário Negromonte e João Leão. No PDT, o do
deputado estadual Marcelo Nilo, presidente da Assembleia Legislativa que,
exatamente por comandar o segundo poder no Estado e possuir grande ascendência
sobre os colegas, merece mais atenção do governador que os eventuais
concorrentes do PP.
Não será fácil para os candidatos a vice
aguardar uma definição de Wagner até março. Descortina-se para eles uma
verdadeira maratona, na qual quem tiver maior fôlego ou fizer menos erros pode
se credenciar para assumir o posto. Wagner dá mostras de que está muito pouco
preocupado com eles. Quer fazer a melhor chapa possível para eleger seu
candidato ao governo, provavelmente, observando quem, dos candidatos a vice, se
sairá melhor até lá.
Exclusiva do Política Livre
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