“Tenho
visto uma campanha de fake News nas redes sociais e em grupos de whatsapp para
me desqualificar”, afirmou, neste domingo, 26, o ex-ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sérgio Moro. "Não me preocupo; já passei por isso
durante e depois da Lava Jato. Verdade acima de tudo. Fazer a coisa certa acima
de todos", disse.
O
ministro tem sido ativo nas redes sociais desde que deixou o governo, e
reiterado acusações e críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No
sábado, 25, Moro compartilhou uma campanha do Ministério da Justiça. “Faça a
coisa certa, pelos motivos certos e do jeito certo” foi o lema de campanha de
integridade que fizemos logo no início no MJSP”, afirmou.
Em seguida, no mesmo dia, foi a vez de Bolsonaro dizer,
em seu Twitter: "A Vaza Jato começou em junho de 2019. Foram vazamentos
sistemáticos de conversas de Sérgio Moro com membros do MPF. Buscavam anular
processos e acabar com a reputação do ex-juiz. Em julho, PT e PDT pediram
prisão dele. Em setembro, cobravam o STF. Bolsonaro, no desfile, fez
isso", diz a mensagem, que acompanha uma imagem do presidente ao lado de
Moro".
Moro
respondeu. "Sobre reclamação na rede social do Sr. Presidente quanto à
suposta ingratidão: também apoiei o PR quando ele foi injustamente atacado. Mas
preservar a PF de interferência política é uma questão institucional, de Estado
de Direito, e não de relacionamento pessoal".
Ao anunciar a saída do cargo, o ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sérgio Moro, acusou na sexta-feira, 24, o presidente Jair
Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para
obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. "O
presidente me quer fora do cargo", disse Moro, ao deixar claro que a saída
foi motivada por decisão de Bolsonaro.
Em seguida, o ex-ministro da Justiça exibiu mensagens
que, segundo ele, demonstram a pressão do presidente para a troca de Valeixo.
No conteúdo gravado no WhatsApp, o presidente mostra uma notícia sobre
investigações contra deputados aliados para exigir a troca do diretor-geral da
PF.
Moro também exibiu uma conversa com a deputada federal
Carla Zambelli, em que ela pede para que o ministro aceite uma vaga no STF em
setembro, e também a troca na PF, pelo diretor da Abin. "Vá em setembro
para o STF. Eu me comprometo a ajudar. A fazer o JB prometer".
"Prezada, não estou à venda", respondeu Moro.
Bastidores do Poder
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