Os Comitês
Olímpico e Paralímpico do Canadá decidiram na manhã desta segunda-feira (23)
que não enviarão representantes para os Jogos de Tóquio 2020, no Japão, nas
datas previstas: entre 24 de julho e 9 de agosto
(Olimpíadas), e de 25 de agosto a 6 de setembro (Paralimpiadas).
O país é o primeiro a anunciar oficialmente que não enviarão atletas às
Olimpíadas por conta do avanço da pandemia do novo coronavírus
(covid-19). O anúncio foi feito horas após o Comitê Olímpico
Internacional (COI) admitir, pela primeira vez, o adiamento
da competição e dos Comitês Olímpico e Paralímpico Brasileiro -
COB e CPB, respectivamente - se manifestarem favoráveis à realização dos
eventos em 2021.
Em
comunicado oficial publicado no site do COC, as entidades
pedem urgência para o adiamento dos Jogos por um ano e
oferecem apoio nas consequências do reagendamento. “Não se trata
apenas da saúde do atleta , é uma questa de saúde pública. Com a covid-19 e os
riscos associados, não é seguro para nossos atletas, para a saúde e a segurança
de suas famílias, e da comunidade canadense em geral (...). De fato,
isso contraria os conselhos de saúde pública que instamos todos os canadenses a
seguir.”
Ainda
de acordo com a nota oficial, a recusa do Canadá em participar de Tóquio
2020 nas datas inicialmente programadas contou com o
apoio das Comissões dos atletas do país,das Organizações
Nacionais de Esportes e também do governo local. Entidades nacionais
pelo mundo, porém, têm pressionado o COI pelo adiamento nos últimos dias. Os
Comitês Olímpico (COI) e Paralímpico (CPB) do Brasil, por exemplo,
manifestaram-se favoráveis a realização dos eventos somente em 2021.
O Comitê Olímpico Australiano (OAC,sigla em inglês)
também publicou hoje (23) nota oficial em seu site, orientando os atletas
a se prepararem para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021, já descartando a
possibilidade na data prevista inicialmente. O Conselho Executivo da
entidade se reuniu por teleconferência e foi unânime o entendimento que “uma
equipe australiana não poderia ser reunida nas atuais circunstâncias no país e
no exterior.”
Na mesma publicação, o Comitê dá como certo a mudança do
início dos Jogos, inclusive agradece ao COI pela decisão de priorizar a saúde:
“O COI adotou os princípios fundamentais de colocar a saúde do atleta em
primeiro lugar e garantir que ela agisse nos seus melhores interesses e nos
interesses do esporte. Esta decisão reflete esses princípios.”
O chefe de missão da equipe australiana para Tóquio, Ian
Chesterman, foi enfático sobre a impossibilidade de manter os jogos no
dia 24 de julho. “Está claro que os Jogos não podem ser realizados em
julho. Nossos atletas têm sido magníficos em sua atitude positiva em relação ao
treinamento e à preparação, mas o estresse e a incerteza têm sido extremamente
desafiadores para eles.”
Com informações da Agência Brasil
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