O
presidente interino, Hamilton Mourão, classificou nesta sexta-feira (24) de
"balão de ensaio" a proposta do ministro Paulo Guedes (Economia) de
criação de um "imposto do pecado" sobre bebidas açucaradas, álcool e
cigarro.
"Vamos
colocar o seguinte. O ministro Guedes está lá fora do Brasil, lançou uma ideia,
imediatamente rebatida pelo presidente. Vamos lembrar, todos os ministros podem
lançar as ideias que eles quiserem. Agora, só tem uma pessoa que decide,
se chama Jair Bolsonaro. É o que tem mandato do povo para decidir",
afirmou Mourão, ao deixar o gabinete da vice-presidência, em Brasília.
"Lançar a ideia não faz mal nenhum. É balão de
ensaio que está jogado aí, não mata ninguém isso daí. Não vamos ver chifre em
cabeça de cavalo", complementou.
Em
uma entrevista na Índia, onde realiza uma visita oficial, Bolsonaro rebateu a
ideia lançada por Guedes. "Ô Moro, aumentar a cerveja não, hein
Moro..", disse Bolsonaro, confundindo Guedes com o ministro da Justiça,
Sergio Moro. "Acho que o Moro gosta de uma cervejinha...será que ele
gosta?". Segundo Bolsonaro, a orientação do governo é não "teremos
qualquer nenhuma majoração de carga tributária".
Depois, reiterou, acertando o nome do ministro: "Ô
Paulo Guedes, eu te sigo 99%, mas aumento no preço da cerveja, não".
Guedes pediu ao grupo responsável pela reforma tributária
que faça simulações para reagrupar numa mesma categoria tributária todos os
produtos que possam ser prejudiciais à saúde.
A lista em análise, além dos tradicionais cigarro e
bebidas alcoólicas, inclui os produtos com excesso de açúcar, considerados um
fator para a obesidade, especialmente a infantil, elevando o risco de
desenvolvimento de doenças graves como o diabetes.
Bastidores do Poder
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