O Brasil nunca teve uma delegação feminina maior que a masculina na
história dos Jogos Olímpicos. E isso pode ocorrer em Tóquio, caso os esportes
coletivos dos homens não consigam suas vagas. No momento, o grupo tem 80
mulheres garantidas e 65 homens. Para totalizar os 152 atletas ainda restam
sete vagas no hipismo, mas como é uma modalidade mista, ainda não dá para saber
quem vai.
A
gente tinha a expectativa de alcançar a vaga na Olimpíada com o handebol
masculino no Pan também, mas ela não veio. E entre as mulheres o rúgbi teve uma
boa conquista, o futebol feminino confirmou por antecipação", comenta
Jorge Bichara, diretor de Esportes do COB. E são justamente os esportes
coletivos que ajudaram a dar o salto de vagas para as mulheres.
Nos Jogos de Atenas, em 2004, 122 mulheres e 125 homens
representaram o Brasil naquela edição da Olimpíada. Foi a maior participação
feminina em porcentagem (49,39%). O maior contingente absoluto foi nos Jogos do
Rio, em 2016, com 209 mulheres (para 256 homens). E fora de casa, número mais
expressivo foi em Pequim-2008, com 133 mulheres para 144 homens.
Apesar de no momento o grupo feminino manter a hegemonia,
na contagem final a situação pode mudar, pois além dos esportes coletivos, na
natação e no atletismo a presença de homens deve ser bem maior. Por outro lado,
algumas modalidades precisam conseguir a vaga, como a ginástica rítmica e o
nado artístico. Para Bichara, os atletas precisam manter o ritmo porque será
uma temporada importante. "Foi um ano positivo. Tivemos 22 pódios entre
todas as modalidades, mas agora começa tudo de novo."
Caderno
de Esportes
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