Prefeito da
cidade menos populosa do Brasil, Alaor José Machado, de Serra da Saudade (MG),
se sente traído.
Com
cerca de 780 habitantes, Serra, como é chamada pela população local, corre
risco de perder status de município nos próximos anos e, de acordo com proposta
do governo, ter que se fundir a uma cidade vizinha.
Nas urnas de Serra, Jair Bolsonaro (PSL) venceu Fernando
Haddad (PT) com 72,61% dos votos válidos; 456 votos no total. Machado foi um
dos eleitores do presidente. Ele fez campanha para o capitão reformado do
Exército no ano passado.
Nesta semana, o governo apresentou uma proposta para que
municípios com menos de 5.000 habitantes e com baixa arrecadação própria possam
ser extintos.
Serra
perderia, assim, os cargos de prefeito, vice-prefeito, três secretários e os
nove vereadores. Essa estrutura administrativa seria fundida a uma cidade
vizinha, provavelmente Dores do Indaiá, com 13 mil habitantes.
A equipe do ministro Paulo Guedes (Economia), que defende
a medida por representar o enxugamento da máquina pública, afirma que a fusão
não afetaria, por exemplo, creches e postos de saúde.
O município governado por Machado está longe de cumprir a
exigência de sustentabilidade financeira proposta pelo governo: arrecadação
própria em 10% da receita total. O índice de Serra é pouco mais de
1%."Bolsonaro traiu a gente, traiu os pequenos municípios, ao não incluir
a gente no governo dele", disse o prefeito à Folha. Machado defende uma
política para incentivar a economia do interior do país.
Correio de Minas
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