A independência da Bahia foi
um movimento social e militar iniciado a 19 de fevereiro de 1822 e terminou a 2
de julho de 1823. Os habitantes do estado estavam cansados de pagar
impostos à coroa portuguesa assim como de sustentar os seus luxos. Depois do
dia 7 de setembro de 1822 quando foi proclamada a independência do
Brasil, alguns membros da corte se recusavam a sair da Bahia. Foi
então que ocorreu a revolta em prol da emancipação do estado em relação aos
portugueses.
A cidade de Salvador era um
destaque na resistência contra a dominação das tropas portuguesas comandadas
pelo brigadeiro Madeira de Mello que no final do ano de 1822 invadiram a
cidade. Os baianos perderam a batalha e em seguida foram para o Recôncavo
Baiano, lugar onde os moradores também eram adeptos à independência.
Os portugueses se aproveitaram da evacuação de Salvador e pediram
mais reforços para o exercito para cercarem a cidade. Impediram também a
entrada de mantimentos, armamentos e munições para os resistentes.
Em contrapartida, o Imperador D. Pedro I enviou mais soldados para
ajudar os baianos a expulsarem os portugueses da região. Ao se sentirem
confiantes, decidiram atacar no dia 8 de novembro 1822. Esta foi uma das
batalhas mais violentas da independência que deu vantagem ao comandante Madeira
e aos portugueses fazendo com que os baianos recuassem.
Nos primeiros meses de 1823, a situação dos moradores de Salvador
ia de mal a pior. Não tendo o que comer, ficaram doentes e muitos morriam nas
batalhas. Ao se depararem com o caos que acontecia na cidade, Madeira de Mello
permitiu a saída de aproximadamente 10 mil pessoas.
O Recôncavo Baiano era uma área com pessoas
de alto poder aquisitivo e de grandes fazendeiros de cana-de açúcar que
organizaram mais tropas para lutar contra os portugueses. Eles se aliaram às
câmaras municipais e instalaram o governo provisório da Bahia fazendo desta
região do interior um governo para retomarem a capital Salvador.
Os portugueses por meio de Madeira de Mello
responderam ao governo provisório com muita violência e organizaram um exército
que atacou no dia 19 de Fevereiro o Forte de São Pedro e o Convento da Lapa. A
corajosa Joana Angélica que era a religiosa do local, foi morta ao tentar
impedir a invasão pelos colonos.
O coronel Joaquim Pires de Carvalho, temendo
que as tropas portuguesas invadissem o Recôncavo, reuniu o seu exército e
nomeou o comandante francês Pedro Labatut, com o intuito de intimar Madeira de
Mello.
Recebendo mais apoio por parte de Portugal,
Madeira tencionava encurralar as tropas de Labatut através da Ilha de Itaparica
e da Barra do Paraguaçu. Para defender a região, uma mulher chamada Maria
Quitéria de Jesus Medeiros vestiu o uniforme da tropa “voluntários do Príncipe”
e lutou bravamente em defesa da Bahia em diversas batalhas. Atualmente ela é
considerada uma heroína e um dos maiores símbolos da independência da Bahia.
Em Maio de 1823 Pedro Labatut comete abuso de
autoridade com os integrantes do exército baiano. Os brasileiros não gostaram
do ocorrido e prenderam Labatut ordenando que ele fosse substituído pelo
Coronel Joaquim de Lima e Silva.
No dia 3 de Junho o recente coronel organizou
uma estratégia contra os portugueses com o apoio da Marinha e do exército brasileiro. Juntos conseguiram
interromper o fornecimento de produtos necessários básicos para a cidade de
Salvador que estava nessa altura dominada pelos colonos. Com a miséria
assolando, Madeira de Mello se rendeu.
Esse dia ficou conhecido como o dia da
independência da Bahia e até hoje é comemorado no estado em memória dos que
lutaram contra as tropas portuguesas que mesmo com a independência do Brasil de
Portugal, insistiam permanecer na Bahia.
Licenciatura Plena em
História (Faculdade JK-DF, 2012)
Pós-graduação em História Cultural (Centro Universitário Claretiano, 2014)
Pós-graduação em História Cultural (Centro Universitário Claretiano, 2014)
Fonte: InfoEscola
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