O governo
brasileiro considera que o presidente Donald Trump poderá designar um de seus
cinco filhos, Eric, para assumir a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. A
avaliação é que, ao indicar um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro,
Eduardo, para a Embaixada do Brasil nos EUA, os americanos enviariam alguém
"com o mesmo perfil", o que ajudaria a estreitar as relações entre os
dois países.
Segundo
um interlocutor do governo, a indicação política seria "um sinal de
prestígio sem igual", pois considera que os americanos costumam fazer esse
tipo de indicação para países como Rússia, China, Reino Unido, Canadá, Israel,
Polônia e Hungria. O Brasil, por sua vez, não possui tradição de fazer
indicações políticas, especialmente para a Embaixada nos EUA, que é uma das
mais disputadas no meio diplomático. "Além da importância de abrir portas,
há o fator compreensão do momento político dos dois países", disse uma
fonte.
Também existe o entendimento de que como o Brasil não tem
essa tradição de fazer esse tipo de indicação e é mais difícil para o País
emplacar um nome político, "o ônus está sobre nós", o que poderia
influenciar a decisão dos americanos. Governistas também alegam que os
americanos já teriam deixaram claro qual é o perfil que buscam para a troca de
nomeações políticas para as embaixadas.
Depois de avisar há meses que trocaria o embaixador do
Brasil nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta
quinta-feira, 11, a intenção de indicar o deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PSL-SP) para o posto diplomático mais importante e mais disputado não apenas
no Brasil, mas em praticamente todos os países, a embaixada em Washington.
Eduardo é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Bastidores do Poder
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