O
senador Jaques Wagner (PT-BA) sugeriu nesta quinta-feira (4) que o empreiteiro
Léo Pinheiro tenha sofrido ameaças para escrever carta na qual o reitera
acusações contra o petista. A informação é da Folha de S. Paulo
No texto, o ex-executivo da
OAS rechaça a possibilidade de ter adaptado suas declarações sobre o
apartamento tríplex em Guarujá (SP) para que seu acordo de delação premiada
fosse aceito pela Lava Jato.
Reportagem da Folha
produzida a partir de mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil mostrou
que o empreiteiro só passou a ser considerado merecedor de crédito na Lava Jato
após mudar diversas vezes sua versão sobre o apartamento que a empresa afirmou
ter reformado para Lula. Seu testemunho foi peça chave para a condenação do
petista por corrupção e lavagem de dinheiro.
De acordo com o diário paulista,
nesta quinta (4), Wagner lamentou ter participado da aprovação da lei que
instituiu a delação premiada, sancionada no governo da ex-presidente Dilma
Rousseff (PT).
“Hoje, sou obrigado a dizer
que me arrependo de ter contribuído, porque nós não fomos, na minha opinião, no
detalhe”, afirmou, sem especificar o que poderia ter sido aprimorado.
Para ele, Pinheiro escreveu
o documento sob ameaça. “A carta, para mim, chega a ser risível. Porque a carta
alguém deve ter dito ‘ou você escreve a carta, ou você não terá o benefício de
eventual redução de pena’.”
“Na verdade, eu não tenho
provas, mas imagino…eu conheço o Léo Pinheiro. O que ele deve ter passado lá
dentro. Não sei que tipo de ameaças que ele recebeu”, continuou o senador e
ex-governador da Bahia. “É impossível você falar de uma contribuição livre e
espontânea de alguém que está preso.”
Bahia.ba
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