Após ter
rompido publicamente com o líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo
(PSL-GO), por críticas que teriam sido feitas por ele ao Congresso, o
presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não irá mais aceitar um
tratamento desrespeitoso por parte de representantes do governo em relação ao
Legislativo. Maia evitou responsabilizar o presidente Jair Bolsonaro pelo
comportamento, mas disse que ele dá "sinais trocados".
Sobre
o episódio com o líder do governo, Maia afirmou não ter ficado "zangado
com ninguém", mas voltou a dizer que uma charge compartilhada por Vitor
Hugo há cerca de dois meses no grupo de Whatsapp do PSL, atacou a Câmara
institucionalmente e foi "desrespeitosa". A mensagem associava a
negociação do governo com o Congresso a sacos de dinheiro. Maia teve acesso à
sátira.
"A publicação é desrespeitosa, mas não foi só ele.
Tem secretários de alguns ministérios que também postaram e nós não vamos
aceitar esse tipo de tratamento de alguns membros do poder Executivo e seus
representantes em relação ao poder Legislativo", disse.
Vitor Hugo, porém, afirmou que a intenção da charge não
era ser um ataque ao Parlamento, mas sim, uma forma de chamar atenção sobre a
percepção que a sociedade tem do deputados e senadores. "A minha exortação
no grupo do PSL era para que a gente conseguisse mudar a percepção da sociedade
em torno de nós parlamentares. Parte da população brasileira só acredita que há
diálogo com emendas ou dinheiro envolvido. A existência da charge expressa o
que uma parte da população pensa sobre o Congresso", explicou.
Bastidores
do Poder
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