O preço das bandeiras tarifárias -sobretaxas
cobradas na conta de luz quando chove pouco- poderá sofrer um aumento. A Aneel
(Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu colocar o tema em audiência
pública, em reunião nesta terça-feira (26).
As bandeiras servem para repassar ao consumidor
os custos extras das distribuidoras de energia quando falta água. Para
compensar a geração hidrelétrica mais baixa, as empresas precisam contratar
energia mais cara, de usinas termelétricas. Esses adicionais na conta de luz são acionados para cobrir esses
gastos. As sobretaxas têm diferentes patamares, que evoluem de acordo com a
gravidade da seca.
As bandeiras podem ser verde (sem taxa), amarela, vermelha
patamar 1 ou vermelha patamar 2. Neste último caso, o mais grave, a cobrança
atual é de R$ 5 por casa 100 quilowatts-hora. A proposta da Aneel é elevar esse
valor para R$ 6 a cada 100 quilowatts-hora. A bandeira amarela cobraria R$
1,50, e a vermelha patamar 1, R$ 3,50 –contra R$ 1 e R$ 3 atualmente.
Os valores poderão ser alterados até a conclusão da audiência
pública, segundo a agência reguladora. O preço máximo das bandeiras já havia
passado por uma alta no fim de 2017. À época, as distribuidoras de energia se
queixavam que a grave seca pela qual o país passava vinha provocando um déficit
de geração e custos adicionais muito superiores ao valor extra arrecadado com
as bandeiras.
Atualmente, a conta de luz está sem cobrança adicional. A
decisão sobre a aplicação da bandeira é feita pela Aneel a cada mês.
Fonet: Folha de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário