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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Bahia - Rui Costa volta atrás sobre extinção da CONDER, mas mantém reforma administrativa



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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) aprovou, em sessão realizada na manhã desta terça-feira (19), o veto parcial do governador Rui Costa ao projeto enviado pelo próprio Executivo, que modifica a estrutura organizacional da administração pública estadual. Com o veto, Rui oficializa a decisão de não mais extinguir a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), como estava previsto no projeto aprovado pelo plenário da Casa no final do ano passado. A decisão pela permanência da empresa foi tomada após negociação com os servidores da Conder. Aprovado por unanimidade na CCJ, o veto parcial agora será apreciado pelos deputados em sessão plenária.

O restante do projeto de reforma administrativa foi mantido pelo Governo do Estado. Entre as medidas que permanecem, estão as extinções do Centro Industrial Subaé (CIS) para se transformar em superintendência integrada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e da Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic) para se transformar em superintendência integrada também à SDE.
Além disso, a proposição aprovada pela ALBA prevê a reestruturação de empresas e autarquias, como Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Inema), Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro), entre outras.
Também na sessão de ontem, a CCJ aprovou outro veto do governador, só que integral, ao projeto de lei encaminhado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que extinguiu o Instituto Pedro Ribeiro de Administração Judiciária (Ipraj). No entendimento do chefe do Executivo, o projeto não “observa o princípio da separação de poderes, quando dispõe sobre a alienação de bens de patrimônio do Estado da Bahia”. Por isso, acrescentou Rui na mensagem enviada aos deputados, a proposição “apresenta vício formal de inconstitucionalidade quanto à inciativa, em razão de tratar de matéria que extrapola a competência do Tribunal de Justiça para proposição ao Poder Legislativo”.
Além da aprovação dos dois vetos, os integrantes da CCJ discutiram formas de agilizar a tramitação da votação de projetos de autoria de parlamentares conforme a sugestão do presidente do colegiado, deputado Zé Raimundo (PT). Tanto o petista quanto os outros membros da comissão lembraram as dificuldades impostas pela Constituição Estadual à aprovação dessas matérias, já que deputados estaduais não podem aprovar projetos que acarretem em qualquer tipo de despesa não prevista no orçamento do Executivo.
Entre as sugestões discutidas para agilizar essas votações, duas foram consenso entre os deputados. Trazendo um pouco de sua experiência como presidente da Câmara de Vereadores, o agora deputado estadual e vice-presidente da CCJ, deputado Paulo Câmara (PSDB), sugeriu que, com ajuda dos líderes partidários e de blocos parlamentares, a comissão priorize a votação de dois ou três projetos de cada um dos 63 deputados da Casa Legislativa. Outra sugestão apresentada por ele e acatada pelos demais integrantes da CCJ é a realização de uma triagem dos projetos em tramitação na Casa para evitar que dois ou mais propostas com o mesmo teor seja apreciada pela comissão. “Dessa forma vamos evitar o retrabalho”, defendeu Câmara.

Fonte: Blog do Fábio Sena




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