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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Após quatro anos de prejuízos, Petrobras lucra R$ 25,8 bilhões em 2018



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Com a escalada dos preços do petróleo e menores provisões para perdas do que em anos anteriores, a Petrobras fechou 2018 com lucro de R$ 25,8 bilhões, o primeiro resultado positivo desde 2013, antes da descoberta do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. O desempenho foi impulsionado pelo aumento de 50% no preço médio do petróleo, em reais, durante 2018. Mesmo com queda de 5% na produção de petróleo e gás, o lucro da área de Exploração e Produção cresceu 97% no ano, para R$ 44,2 bilhões.
"A performance da Petrobras no ano que passou foi indiscutivelmente a melhor em muitos anos", disse o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, em mensagem que acompanha o balanço divulgado nesta quarta (27).
O resultado sofreu impacto negativo de provisões no valor de R$ 7,4 bilhões, principalmente para litígios com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) e com a americana Vantage Drilling, além R$ 7,6 bilhões em baixa no valor de ativos, como campos de petróleo e navios. Segundo a empresa, sem considerar o impacto de itens especiais, como as provisões e as baixas contábeis, o lucro anual seria de R$ 35,9 bilhões.
No quarto trimestre, quando a maior parte das provisões foi feita, o lucro da Petrobras foi de R$ 2,1 bilhões, contra prejuízo de R$ 5,4 bilhões no mesmo período do ano anterior. Com preços dos combustíveis 32% acima da média do ano anterior, a receita da companhia cresceu 23% em 2018, para R$ 349,8 bilhões. O resultado da área de Refino e Gás, porém, caiu 38%, para R$ 8,4 bilhões, refletindo menores margens na venda dos produtos.
O Ebitda (indicador que mede a geração de caixa) foi de R$ 114,9 bilhões em 2018, alta de 50% em relação ao ano anterior. Principal foco de atenção do comando da empresa, o endividamento líquido caiu 4% no ano, para R$ 268,8 bilhões. A relação entre dívida e Ebitda, que indica a capacidade que uma companhia tem de honrar seus compromissos, foi de 2,34 vezes, contra 3,67 vezes em 2017.
"Celebramos os bons resultados de 2018, mas não podemos nos limitar à visão interna, à comparação conosco mesmo em anos anteriores. Ampliando nosso horizonte para a indústria de petróleo global, reconhecemos humildemente que estamos muito aquém do desejável", escreveu Castello Branco.
Ele vem defendendo ampliar a venda de ativos da companhia, com a saída de segmentos de negócios, para reduzir o endividamento e concentrar recursos na exploração do pré-sal. Além disso, a gestão trabalha para enxugar a estrutura. Na terça (26), a companhia confirmou que estuda novos planos de demissão voluntária e que vai fechar sua sede administrativa em São Paulo. Há estudos também para a redução da estrutura em outras cidades, como Nova York.
Com informações: Folhapress

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