Social Icons

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Temer vai excluir condenados por corrupção do indulto de Natal, diz Jungmann



Resultado de imagem para Temer vai excluir condenados por corrupção do indulto de Natal, diz Jungmann

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, confirmou, nesta quarta-feira (26), que o presidente Michel Temer vai excluir do indulto natalino deste ano os condenados por crimes de corrupção. Além disso, o ministro afirmou que o texto do decreto deste ano deve adotar os mesmos critérios do indulto de 2016.
Também serão excluídos do benefício, segundo Jungmann , aqueles presos que estiverem cumprindo penas por crimes contra a administração pública ou de violência sexual contra crianças. Segundo o ministro, o decreto será assinado até a próxima sexta-feira (28). A decisão foi acertada nesta quarta, em uma reunião no Palácio do Planalto.
indulto de Natal é voltado à extinção da pena para condenados por crimes comuns (não hediondos). Segundo a lei, é permitido ao presidente conceder o perdão da pena a condenados que atendam aos requisitos especificados no decreto presidencial, que é editado todos os anos. Na prática, quando um detento é beneficiado, ele tem a pena extinta e pode deixar a prisão. Esse indulto pode ser assinado até o dia 31 de dezembro, anualmente.

"Precisa cumprir requisitos de tempo de pena cumprida e bom comportamento. Os requisitos são bem rigorosos se comparados aos anteriores", disse o ministro de Temer ao jornal O Estado de S.Paulo . 
No início da semana, dizia-se que Temer  não editaria o indulto de Natal em 2018. Sem o decreto, essa seria a primeira vez, desde a redemocratização do País, que o  indulto natalino   não seria assinado pelo presidente da República.
Isso porque, de acordo com a Constituição, o chefe do Executivo pode conceder esse indulto aos detentos uma vez ao ano – tradicionalmente, na época das festas de fim de ano. Temer hesitou em assinar o decreto por conta do entrave causado na edição que fez no ano passado.  
Mais tarde, porém,  Temer mudou de ideia e decidiu conceder o benefício a presidiários mesmo sem o Supremo Tribunal Federal (STF) ter concluído julgamento sobre o decreto do ano passado, que foi contestado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). 
O presidente Temer decidiu assinar o decreto, acatando o pedido feito pelo defensor público-geral federal em exercício, Jair Soares Júnior, que solicitou que o indulto fosse editado para este ano, alegando que o Brasil possui a terceira maior população carcerária do mundo.
“Neste contexto, a Defensoria Pública da União entende que a não edição do decreto de indulto no presente ano agravará sobremaneira o estado de coisas inconstitucionais vivenciado no sistema carcerário, razão pela qual se faz necessária a edição de novo decreto de indulto antes de encerrado o ano de 2018, nos termos do Decreto nº 9.246, de 21 de dezembro de 2017”, pediu.

Ainda ontem, o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, reforçou que o instrumento é tradicional no País. "O indulto é uma tradição no Brasil", afirmou. Por sua vez, assim como Jungmann , o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, garantiu que o indulto sai entre hoje e amanhã. "Hoje ou amanhã, deve sair o indulto, isso já ficou decidido e agora estamos vendo detalhes", disse.

Fonte: Ultimo Segundo IG

Nenhum comentário:

Postar um comentário