O presidente eleito, Jair Bolsonaro, e o
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visitaram na tarde de hoje
(28) a sinagoga Kehilat Yaacov, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Eles chegaram
pouco depois das 17h, após o almoço e a reunião que tiveram no Forte de
Copacabana. Os dois vieram em comitivas separadas. Primeiro, chegou a de
Netanyahu e, em seguida, a de Bolsonaro. O deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PSL-SP) veio na comitiva do pai.
A Rua Capelão Álvares da
Silva, onde está localizada a sinagoga, foi interditada ao tráfego. Em frente
ao templo, foi colocada uma tenda de plástico branca onde foram direcionados os
carros da comitiva para que o presidente eleito do Brasil, o primeiro-ministro
de Israel e os integrantes das comitivas pudessem entrar sem serem vistos.
O advogado e economista
Boris Sender, um dos convidados da visita do primeiro-ministro de Israel e do
presidente eleito à Sinagoga Kehilat Yaacov, disse que o clima do encontro foi
maravilhoso, de harmonia absoluta e de carinho recíproco. “Isso é muito bom
para os dois países”, disse. Sender destacou que esta é a primeira viagem
de um primeiro-ministro de Israel ao Brasil e que os dois países têm muito a
cooperar um com o outro. “Somente agora é que essa oportunidade se cristaliza
em nível governamental”.
O advogado disse que
Netanyahu tem conhecimento agrícola que pode ajudar o governo brasileiro no
desenvolvimento de programas neste setor. “Israel se ofereceu. Em contrapartida
o Brasil, que precisa dessa tecnologia, encontra em Israel um parceiro que
estava meio esquecido ao longo da história. Agora é uma oportunidade que foi
dada aos dois e ao Brasil principalmente. Ficamos muito felizes com a vinda dos
dois [à sinagoga]”.
Durante a visita, o
primeiro-ministro falou em hebraico e teve a tradução para o idioma português.
Segundo Sender, não houve promessas de nenhuma das partes, mas as conversas
foram como costuma ser entre judeus. “Não teve promessa. É mais ou menos como
se dizer no ano que vem a gente se encontra em Jerusalém. Os judeus em qualquer
parte em que estejam e em qualquer época sempre dizem assim: no próximo ano em
Jerusalém. O término da reunião foi no ano que vem em Jerusalém”, completou.
Ainda
conforme Sender, não houve cerimônia litúrgica no encontro, mas ao fim houve
uma bênção chamada Bracha, quando se acende uma vela e se faz um brinde com um
cálice de vinho. Durante toda a visita, como é costume entre os judeus e de
visitantes quando estão nas sinagogas, o presidente eleito usou uma kipá na
cabeça, que é um símbolo de respeito a Deus.
O esquema ampliado de segurança visto próximo ao
Forte de Copacabana se repetiu ao redor da sinagoga. A operação teve um sniper
da Polícia Civil no pátio de um prédio em frente à rua da sinagoga. Um grupo de
seis agentes do Comando de Operações Táticas (COT), de elite da Polícia
Federal, veio de Brasília para integrar o esquema de segurança. Também há uma
ambulância do Corpo de Bombeiros e um veículo da Guarda Municipal.
Agencia Brasil
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