Universidades particulares terão disciplina sobre
desenvolvimento infantil em cursos da área de saúde, pedagogia, psicologia e
serviço social. O anúncio foi feito hoje (3), pela Associação
Nacional das Universidades Particulares (Anup). A disciplina foi
desenvolvida pela Anup em parceria com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e
é fruto de acordo firmado entre Anup, Ministério da Educação e Ministério do
Desenvolvimento Social. A Anup foi procurada pelo governo para que contribuísse
com ações voltadas para a primeira infância.
"A forma mais efetiva [de contribuir] era deixar um legado
e colocar dentro dos cursos de formação dos professores de maneira que todos os
professores saibam da importância desse período que vai de 0 a 6 anos",
diz a vice-presidente da Anup, Elisabeth Guedes.
A Anup reúne
atualmente 185 instituições de ensino particulares associadas com mais de 2
milhões de alunos de graduação. Dessas, 166 instituições já declararam
interesse em participar da iniciativa. Para estimular a adesão das
instituições, a entidade desenvolveu um selo, Programa Instituição Parceira da
Primeira Infância, que vai reconhecer iniciativas nas áreas de responsabilidade
social. A intenção é que a disciplina resulte também em serviços de atendimento
à comunidade, incluindo as famílias do programa Criança Feliz, promover
capacitações e estágios para os visitadores dos municípios participantes do
programa.
"Para a solução ser duradoura e definitiva, precisamos
investir na primeira infância porque qualquer investimento na primeira infância
vai melhorar todos os indicadores da educação básica e a vida daquelas
crianças", disse o ministro da Educação, Rossieli Soares, presente no
anúncio da nova disciplina.
Também estavam presentes no anúncio o
ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame e a primeira-dama, Marcela
Temer. O governo lançou em 2016 o programa Criança Feliz,
com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento de crianças até 3 anos de idade.
As famílias recebem visitas frequentes e são orientadas a como estimular essas
crianças.
Segundo
Beltrame, 2,7 mil municípios aderiram ao programa e as visitas domiciliares são
realizadas em 2,3 mil cidades, atendendo a 400 mil crianças e gestantes
semanalmente.
"A nossa
intenção é que esse programa seja da sociedade brasileira, de estado e não de
governo. É esse legado que queremos deixar para o próximo governo, seja ele
quem seja. Estamos prontos para passar o bastão com a ideia firme que é um
programa defensável e que ele é absolutamente essencial para a superação da
pobreza e para o melhor desenvolvimento da criança e, sobretudo, a melhora da
sociedade brasileira", disse Beltrame.
Informações detalhadas sobre a disciplina, para que seja
colocada em prática, serão disponibilizadas no site da Anup e
poderão ser usadas por qualquer instituição de ensino superior.
Fonte: Agêcia Brasil
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