Líder das pesquisas, o candidato do PSL à Presidência, Jair
Bolsonaro, está fora do debate da TV Globo com os presidenciáveis na noite de
quinta-feira 4. A decisão foi do cirurgião Antônio Macedo, um dos médicos que
atendeu o deputado federal após o atentado a faca no começo do mês passado.
Para Macedo, o candidato ainda não está em condições médicas de participar de
eventos do tipo.
“Ele está
muito bem, mas não está em condições de ficar mais do que dez minutos
conversando”, disse. Segundo o cirurgião, que visitou Bolsonaro esta manhã no
Rio acompanhado do médico Leandro Echenique, o candidato se recupera bem e os
antibióticos foram suspensos, mas foi aplicada infusão de ferro para melhorar a
anemia.
Questionado
sobre as transmissões que o candidato do PSL tem feito pessoalmente no Facebook
diariamente desde a última segunda-feira, 1º, o médico disse que a avaliação
foi feita especificamente para o debate. “Nós contraindicamos a ida dele ao
debate.”
De acordo com
Macedo, uma nova avaliação será feita na próxima semana e ainda não há previsão
de quando Bolsonaro poderá participar novamente dos debates. O militar da
reserva deixou o hospital paulistano no último sábado, 29. Desde então,
permanece em casa.
Desde
segunda-feira, Bolsonaro tem feito transmissões ao vivo em sua página no
Facebook para discutir propostas de campanha, sempre por volta das 20h40,
coincidindo com o horário eleitoral gratuito. Nesta quinta, com a finalidade de
“concorrer” com o debate da Globo, a transmissão deve se iniciar por volta das
22 horas, mesmo horário previsto para o encontro entre os adversários.
A ideia,
segundo um assessor da campanha, é competir com o debate televisionado, mas
apenas falando de propostas e não comentando em si a atração. Ainda não está
definido se Bolsonaro terá algum convidado. Na terça-feira, ele contou com a
participação do senador Magno Malta (PR-ES).
Sem ele, o
debate da TV Globo deve contar com a participação de sete candidatos: Alvaro
Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB),
Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede).
Com Estadão
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