Na
primeira semana da fase decisiva da eleição presidencial, o candidato Fernando
Haddad (PT) fez movimentos em busca de aproximar partidos e setores de centro.
O petista aposta também em uma estratégia de se demonstrar como a alternativa
mais segura para garantir a estabilidade democrática no país.
A prioridade do PT ao longo
dos últimos dias foi tentar consolidar os apoios políticos para o segundo turno
e ajustar o tom da campanha nessa etapa. Haddad conseguiu apoio do PSOL, PPL,
PSB e do PDT, este último a legenda de Ciro Gomes, terceiro colocado no
primeiro turno.
O
pedetista, apesar de ter anunciado o voto em Haddad, não deve
participar ativamente da campanha e
viajou na quinta -feira (11) para a Europa, onde passará alguns dias
de férias, segundo a assessoria.
Também
houve um encontro com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim
Barbosa, filiado ao PSB, e que chegou a ser cotado para sair candidato a
presidente. A expectativa da campanha petista é que ele possa declarar apoio a
Haddad e até mesmo participar da campanha ou do programa eleitoral.
Haddad também recebeu uma carta de apoio
de integrantes do PSDB, mesmo o partido tendo
formalmente anunciado que ficará neutro no segundo turno. Há ainda a
expectativa em torno de uma aproximação mais explícita entre o petista e o
ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso (FHC), já que os dois mantêm uma
boa relação.
No
âmbito programático, o PT recuou em relação a propostas que constavam
do seu programa de governo, como a convocação de uma assembleia
constituinte, além de buscar incluir elementos dos programas
de adversários do primeiro turno, como a proposta de Ciro Gomes para que o
governo adote um programa para tentar limpar o nome de endividados.
Até as cores da campanha
petista mudaram: saindo do tradicional vermelho para uma paleta mais ampla, que
envolve os tons de verde, amarelo e azul. Todos esses gestos, segundo Michel
Neil, vão na busca pelo eleitor de centro.
Agência
Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário