O
governo identificou que 113 beneficiários do Bolsa Família fizeram doações a
candidatos no 1.º turno da eleição. Um cruzamento revelou que pelo menos 12
deles transferiram valores superiores a R$ 1 mil. O Ministério do
Desenvolvimento Social também encontrou 297 pessoas que dividem a mesma casa
com beneficiários do programa e que foram contratadas para trabalhar em
campanhas. Desses, 160 receberam mais de R$ 5 mil. Destinado à população em
situação de extrema pobreza, o Bolsa Família paga R$ 89 como benefício básico.
O ministro Alberto Beltrame, do Desenvolvimento Social, afirmou à Coluna que
todos serão suspensos do programa cautelarmente até que se expliquem. Há
suspeitas de que alguns possam ter sido usados como laranjas. Os nomes dos
beneficiários estão sob sigilo. Confirmadas as fraudes, os dados serão
divulgados. A Coluna localizou uma doação para o candidato ao governo do Pará,
Helder Barbalho (MDB). Ele recebeu R$ 600 de uma mulher que ganha R$ 130 por
mês do Bolsa Família. A campanha de Barbalho afirma ser “impossível identificar
se o depositante é beneficiário de programa social” e diz que “provavelmente se
trata de uma fraude engendrada por seu adversário”.
Estadão
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