Dirigentes
e parlamentares do PSDB vão cobrar a saída definitiva do senador Aécio Neves
(MG) da presidência do partido nas próximas semanas. Eles querem que o mineiro
renuncie ao posto assim que o Senado concluir a votação sobre seu afastamento
do cargo, prevista para o dia 17.
Tucanos
reivindicam que Aécio deixe o cargo para tentar conter o desgaste sofrido pela
sigla com as acusações de corrupção contra o senador. Para eles, a situação se
agravou com a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que determinou que o
mineiro fosse afastado do cargo e cumpra recolhimento noturno em casa.
Paulista
do PSDB, vinculados ao governador Geraldo Alckmin. Eles acreditam que a
permanência de Aécio no posto, mesmo licenciado, é insustentável e pode
prejudicar as pretensões eleitorais de integrantes da sigla em 2018 - inclusive
a pré-candidatura de Alckmin ao Palácio do Planalto.
O
senador é alvo de denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal ao STF
pelos crimes de obstrução da Justiça e corrupção passiva. Ele foi gravado pelo
empresário Joesley Batista, da JBS, a quem pediu R$ 2 milhões.
Desde
maio, quando foi afastado do mandato pela primeira vez pelo STF, Aécio está
licenciado da presidência do PSDB, que é exercida interinamente pelo senador
Tasso Jereissati (CE). Apesar disso, o mineiro mantém influência sobre a sigla,
em especial sobre parte da bancada na Câmara.
Nos
últimos meses, Aécio ampliou sua interlocução com o presidente Michel Temer
para evitar a deterioração do relacionamento entre o Palácio do Planalto e o
PSDB, que ameaçava abandonar o governo. Nesta semana, o senador atuou para
tentar conter as divisões na bancada tucana com a escolha do deputado Bonifácio
de Andrada (MG) para relatar a segunda denúncia contra Temer.
Bastidores
do Poder
Nenhum comentário:
Postar um comentário