A
semana de atividades do Congresso Nacional será decisiva para a conclusão das
discussões sobre a reforma política.
Após
diversas tentativas de votação, o debate segue arrastado na Câmara dos
Deputados e no Senado e corre o risco de ter poucas ou mesmo nenhuma medida
aprovada para as próximas eleições. Para ter validade em 2018, as mudanças na
legislação precisam ser sancionadas até sexta-feira (6).
Na
tarde desta segunda-feira (2), o plenário da Câmara volta a analisar o
substitutivo aglutinativo ao Projeto de Lei 8.612/17, de relatoria do deputado
Vicente Cândido (PT-SP). As informações são da Agência Brasil.
O
texto propõe a criação do FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha),
com recursos públicos e de execução obrigatória. Parlamentares tentaram
apreciar a medida na semana passada, mas por falta de consenso, o próprio
relator pediu que a análise fosse adiada.
Para
viabilizar a votação do projeto, Cândido passou os últimos dias tentando
construir um acordo com os partidos. O parlamentar tem defendido a criação do
fundo com o teto máximo de R$ 2 bilhões, oriundos dos cofres públicos.
Para
ele, o fundo poderia ser complementado com recursos privados até atingir o
montante que considera ser ideal para custear as campanhas no país, um valor
"por volta de R$ 3 bilhões a R$3,5 bilhões", segundo ele.
Cândido
tenta emplacar um novo texto para substitui trechos do PL. O esforço na busca
do consenso é uma tentativa de salvar o fundo público para as campanhas
eleitorais do próximo ano, já que o projeto de lei recém-aprovado pelo Senado
não encontrou apoio entre os deputados.
Em
uma tentativa de dar mais celeridade à análise da matéria, os parlamentares
rejeitaram o pedido de urgência, o que diminuiria os prazos para tramitação do
projeto na Câmara.
Dessa
forma, a criação do fundo permanece indefinida e, até o momento, continuam em
vigor as regras atuais: uma decisão do STF (Supremo
Tribunal
Federal) proíbe a doação de pessoas físicas para o financiamento de campanhas
eleitorais.
Além
do fundo público para as campanhas, o projeto também regulamenta a forma de
arrecadação de doação de pessoas físicas e os limites para gastos com campanha
já nas eleições em 2018, para cada cargo em disputa.
O PL
define ainda regras como o horário de veiculação de propaganda eleitoral,
campanha na internet, incorporação no texto legal da proibição de doações de
pessoas jurídicas, criação de outras formas de arrecadação de doações de
pessoas físicas, pesquisas eleitorais e participações em debates.
Continua
a seguir...
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