A Comissão
de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa da Bahia aprovou nesta
terça-feira (19) as contas do governador Rui Costa referente ao exercício do
ano de 2015. O parecer do relator Zé Raimundo (PT) foi aprovado por quatro
votos favoráveis e três contrários. O deputado Hildécio Meireles (PMDB)
apresentou um voto em separado. Ele
havia pedido vista do relatório na sessão anterior. Ao BNews o deputado
justificou o voto contrário, alegando três principais motivos: O Plano
Plurianual do Estado, a política de subsídio do governo e os gastos com as
Despesas de Anos Anteriores (DEAs).
“Olhei
os relatórios dos auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e dei um meu
voto em separado. Os auditores colocaram 44 recomendações. Dessas 44 eu fiz
sete observações em meu voto. A fragilidade do PPA (Plano Plurianual), que é a
ferramenta do governo, não é devidamente acompanhado, eles modificam no curso
do plano sem autorização do parlamento, os valores exorbitantes dos DEAs.
Inclusive esse DEA termina infectando o gasto de pessoal, porque o governo
empurrou despesa de pessoal de 2015 para 2016 e com isso diminuiu a despesa e
mexeu no índice, se ele não tivesse feito isso ele ultrapassaria o índice prudencial.
O terceiro é a política de subsídio do governo. Em 2015 subsidiou a Fonte Nova
em R$ 110 milhões e o sistema metroviário R$ 144 milhões de reais. Ao meu ver,
já são motivos suficientes para fundamentar o voto contra para as contas do
governador”, explicou Meireles.
O
relator das contas, deputado Zé Raimundo rebateu ás críticas alegando que a
oposição “faz seu papel, mas não apresentou nenhum elemento que desqualificasse
a aprovação das contas do governador ou mostrasse má fé de Rui”. “O nosso relatório seguiu as considerações do
parecer prévio do TCE, esse ano ele teve a unanimidade dos conselheiros. É
claro que com todo o rigor do Tribunal procurou também apontar algumas
recomendações no sentido de melhor planejar as atividades, racionalizar e obter
mais resultados na eficácia da gestão pública. Mas essas recomendações em
momento algum trouxe uma negativa na aprovação. Já o voto do nosso colega da
oposição, foi mais um voto conceitual, doutrinário. Ele votou contra, mas não
apresentou nenhum elemento que mostrasse a má gestão, a má fé, a conduta de
improbidade, de desvio, ou qualquer erro do ponto de vista ético
administrativo. A oposição faz seu papel, mas não trouxe nenhuma evidencia que
desqualificasse a aprovação das contas do governador. Esperamos que o debate se faça em plenário,
naturalmente prestaremos outros esclarecimentos e vamos aprovar em plenário”,
destacou Zé Raimundo.
O líder do governo, deputado Zé Neto (PT)
explicou que nesta quarta-feira (20) vai se reunir com o presidente da Casa
para cumprir o prazo e programar a votação na Casa.
Bocâo
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