Por
46 votos favoráveis e 19 contrários, o plenário do Senado aprovou nesta
terça-feira (4) o regime de urgência para a aprovação da reforma trabalhista na
Casa.
Com
isso, o projeto deve ser apreciado pelo colegiado em até duas sessões. Esta
será a última etapa da tramitação da reforma no Senado, onde já foi analisada
em três comissões.
Por
um acordo durante a reunião de líderes nesta terça, o projeto que modifica as
leis trabalhistas será votado na próxima terça-feira (11).
O
presidente Michel Temer tentou convencer o Senado a colocar o texto em votação
ainda esta semana, mas sofreu resistência da oposição e do presidente da Casa,
Eunício Oliveira (PMDB-CE).
O
governo se apressa agora para elaborar os pontos de uma Medida Provisória que
modificará o texto aprovado na Câmara.
A MP
é vista como condicionante por parte da base para aprovar o projeto, já que há
discordância de senadores em relação ao projeto que veio da Câmara. Há, contudo,
divergência em alguns pontos, como o retorno do imposto sindical obrigatório.
Ao
realizar modificações na reforma por meio de vetos e de uma MP, o governo evita
alterações diretamente no texto, o que implicaria em uma nova apreciação do
projeto pela Câmara dos Deputados, adiando o cronograma do Palácio do Planalto.
A
reforma, amplamente apoiada pelas entidades empresariais, traz, entre as
mudanças, a prevalência, em alguns casos, de acordos entre patrões e empregados
sobre a lei, o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, obstáculos ao
ajuizamento de ações trabalhistas, limites a decisões do Tribunal Superior do
Trabalho, possibilidade de parcelamento de férias em três períodos e
flexibilização de contratos de trabalho.
Com
informações da Folhapress.
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