Após
o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciar Michel Temer por
corrupção passiva, com base nas delações da JBS, nessa segunda-feira (26), o
presidente se reuniu com aliados, no Palácio do Planalto, para traçar
estratégias de defesa.
Segundo
assessores do peemedebista, ele tem planos para reagir tanto de forma política
quanto jurídica. O principal ponto é que Temer deve acusar Janot de tentar
condená-lo sem provas.
Para
tanto, alegará que a tese do procurador contra ele está baseada na mala
entregue ao ex-assessor Rodrigo Loures, contento R$ 500 mil, que seria dinheiro
de propina pago pela empresa de Joesley Batista, endereçado ao presidente.
No
entanto, o argumento de Temer, de acordo com informações da Folha de S.Paulo, é
de que o dinheiro ficou com Loures e, por isso, não é possível provar que o
presidente seria o beneficiário do montante.
Além
disso, o peemedebista considera que o desmembramento da denúncia contra ele e a
apresentação dela de forma paulatina, por parte de Janot, teria o propósito de
desgastar ainda mais o governo, contribuindo com o prolongamento da crise
política.
A
conclusão, em reunião no gabinete presidencial, foi de que, apesar de o
conteúdo da denúncia ter sido dentro do esperado, ela deprecia a imagem do
presidente.
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