Após ter o pedido de habeas
corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal, Antonio Palocci promete uma
delação premiada "generosa" em troca de prisão domiciliar. O
ex-ministro revelou, em negociação direta com o Ministério Público Federal, que
pode citar mais de 20 empresas em depoimento.
Nas contas de Palocci,
conforme a colunista Monica Bérgamo, da Folha de S. Paulo, este é o número de
empresas com as quais negociou verba em caixa dois para o PT. Ele também
estaria pronto para denunciar banqueiros, empresários e até mesmo o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que teria operação irregular com um
dos donos do BTG Pactual, André Esteves, e o ex-dono do Pão de Açúcar, o
empresário Abílio Diniz.
Uma das condições negociadas
pelos procuradores federais é que o ex-ministro confirme as citações de Lula
nas delações dos ex-executivos da Odebrecht. Segundo o ex-presidente da
empreiteira Marcelo Odebrecht, Palocci operava uma conta-propina, destinada às demandas
políticas de Lula.
Um outro episódio que
Palocci pretende esclarecer sobre o ex-presidente é o suposto benefício
financeiro obtido por Lula na criação da empresa Sete Brasil, em 2010. Detido
desde setembro de 2016, o ex-ministro tem elaborado a sua proposta de delação
com a Procuradoria-Geral da República e a força tarefa da Lava Jato em
Curitiba.
Bastidores do Poder
Nenhum comentário:
Postar um comentário