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segunda-feira, 5 de junho de 2017

Cacau - Resumo da semana - 29/05 A 02/06/2017



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A grande volatilidade dos mercados NY e Londres, foi o destaque da semana. Após sofrer a maior queda já vista em um mesmo dia, desde maio 2011, os indicies voltaram a crescer, impulsionados por compras especulativas de curto prazo e indústrias processadoras.
A semana iniciou-se em Ny ice jul, perdendo o ganho acumulado da semana anterior, com jul a nível de us$2,070 / ton, voltando em forte viés vendedor para us$1,931 / ton. Numa tentativa de recuperação o mercado elevou-se acima de us$2,000 / ton, mostrando-se talvez como novo patamar de referência, o qual fechou a semana.  Como pode ser lido no nosso comentário anterior, movimentos de acima e abaixo desse nível, poderão mover-se como tendência para os próximos dias.
Diversas notícias circularam tentando explicar as variações no mercado. Segundo alguns analistas, afirmam possuir tendência de elevação, alegando principalmente que os baixos preços viabilizaram melhores margens para as indústrias. Entendemos, caso não reduzirem os preços do chocolate para o consumidor final, dificilmente poderemos ver a demanda mundial crescer. Porém, em estudos recentes realizados por Euromunitor Internacional, esse ano a demanda por chocolate poderá crescer 0,6%, no próximo ano 1,1% e até 2019 1,4% em 2019.
Outra explicação seria baseada nos baixos preços que estão sendo pagos ao produtor na África, mais precisamente na Costa do Marfim. Atualmente recebem uma média de CFA 700 por quilo. Convertendo em reais por arrobas, correspondente a um valor aproximado de R$58,00. Tal fato inviabiliza a hipótese de investimentos em insumos e tratos culturais nas lavouras. Observem que no Brasil, fazendeiros estão recebendo próximo do dobro do valor pago ao produtor africano, porém, por aqui a conta também não está fechando. A elevada carga tributária e altos custos de insumos, apresentam-se como os maiores entraves do negócio.  
Todas as previsões de um futuro otimista para o mercado, as quais comentamos, se contrapõem ao fundamento de um superávit mundial cada vez maior. Hoje já ultrapassando a casa de 360 mil toneladas para safra mundial 16/17.   
Na Bahia as entradas crescem gradativamente. Movimentos de colheita já podem ser observados no campo, com firme previsão de ampliar na segunda quinzena do mês corrente.  Considerando o crescimento do fluxo de safra e os estoques de cacau existentes em armazéns dos compradores locais, esses proveniente de estoques remanescentes e importações, poderemos ver mudanças nos diferenciais pagos atualmente ao produtor. Como tendência natural, certamente deverão ajustar-se para níveis inferiores. Importante lembrar que os prêmios pagos, sobre o preço do cacau brasileiro atualmente, são os mais elevados do mundo.
Que venha uma nova semana cheia de excelentes notícias.


Informações: mercadodocacau.com

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