O Risco Brasil medido pelo
indicador CDS (Credit Default Swap) - um tipo de seguro contra calote - operou
em forte alta nesta quinta-feira, 18, e chegou aos 269 pontos após o
pronunciamento do presidente Michel Temer, o que representa uma alta de 28,7%
em relação ao nível do fim da tarde de quarta-feira.
No dia 15 de maio, o CDS de
cinco anos havia fechado abaixo de 200 pontos pela primeira vez no governo do
presidente Michel Temer, a 199,32 pontos. Esse foi o menor patamar desde 26 de
janeiro de 2015.
O movimento era uma resposta
ao otimismo do mercado com o andamento de reformas propostas pelo governo
Temer, e pela expectativa de melhora da atividade econômica. Também estava em
linha com a situação de outros países emergentes que também viram o indicador
cair, em uma sinalização de redução de risco. Foi o caso de China, África do
Sul e Índia.
Embora tenha atingido nesta
semana o menor patamar para o CDS em dois anos, o Brasil continuava sendo o 11º
país mais arriscado para se investir entre 42 países, segundo dados da agência
Bloomberg.
O contrato de CDS atravessou
o patamar de 300 pontos em 11 de julho do ano passado e começou a ceder. Nos
dias seguintes ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, o contrato permaneceu
na casa de 255 pontos base. Em setembro de 2015, o CDS havia atingido o maior
nível recente, aos 539,40 pontos.
O que é. O CDS é um contrato
que tem de um lado uma instituição financeira comprando proteção para a sua
carteira de crédito e do outro, uma seguradora ou outra instituição vende essa
proteção. É como se fosse um seguro.
O CDS é medido em pontos
base. Se um país tem um CDS de 100 pontos, isso significa que o credor terá de
pagar o equivalente a 1% de sua carteira de crédito para adquirir esse seguro.
Quanto maior o CDS, maior é o risco de o país dar um calote, o que significa
que fica mais caro comprar um seguro para a dívida desse país.
Economia & Negócios
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