As centrais sindicais Força
Sindical, CTB, CUT, UGT, Nova Central, Intersindical, CGTB e CSP-Conlutas
realizarão, no dia 24, uma Marcha a Brasília em protesto contra as propostas de
reformas trabalhista e previdenciária, que estão em tramitação no Congresso
Nacional. “Unidos, vamos lutar para manter os direitos dos trabalhadores”,
declarou Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical.
As centrais estão se reunindo semanalmente
para planejar a mobilização dos trabalhadores. Os dirigentes sindicais, após a
definição do dia 24 de maio como a data da grande Marcha das Centrais a
Brasília, discutiram a mobilização e a infraestrutura que será construída pelas
centrais. A Marcha ocupará Brasília na semana da votação da PEC 287
(Previdência) pelo plenário da Câmara dos Deputados. “Queremos uma Previdência
justa e sem privilégios”, diz Paulinho.
No dia 11, Paulinho fez um discurso no
plenário do Senado, na Sessão Temática realizada para debater a reforma
trabalhista. Ele disse que “o Senado precisa fazer reparos no Projeto de Lei da
Câmara (PLC) 38/2017, a chamada reforma trabalhista, para corrigir equívocos
impressionantes contidos na proposta.
Para Paulinho, entre os
equívocos está a onda contra o movimento sindical, que enfraquece somente os
sindicatos de trabalhadores ao permitir a criação de comissões no interior das
empresas, nas quais os empresários poderão dar opiniões quanto à sua composição
no intuito de fazer a livre negociação dos salários. Os sindicatos dos patrões
não terão mudanças.
“Não posso dizer que não teve debate na
Câmara. O relator ouviu, mas não atendeu às nossas reivindicações. Espero que o
Senado faça os reparos necessários”, destacou o presidente da Força Sindical.
Para Paulinho, o Senado precisa corrigir, senão vai destruir a organização dos
trabalhadores, o que nem a ditadura conseguiu.
Paulinho lembrou, ainda, que todos falam que
os sindicatos não servem para nada, mas eles negociam e aumentam os salários de
sindicalizados ou não todos os anos. “Garantimos o mercado interno para fazer a
economia girar”, disse.
Outros pontos citados pelo presidente da Força
foram a contratação de PJs (Pessoa Jurídicas), o que reduzirá a formalização (contratação
em carteira) e a arrecadação do governo; a jornada intermitente, que impõe
pagamento de multa se o trabalhador não conseguir comparecer ao trabalho quando
convocado; o pagamento de indenizações em espécie dentro das empresas; a
possibilidade de acordo, com saque de uma parte dos recursos do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que vai minar o dinheiro do Fundo.
Ascom Força Sindical
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