O Supremo Tribunal Federal
(STF), através da Primeira Turma, decidiu nesta terça-feira (25) que o goleiro
Bruno Fernandes deve retornar imediatamente à prisão. O atleta estava solto
desde o dia 24 de fevereiro, quando o ministro Marco Aurélio Mello concedeu um
habeas corpus. O jogador, que voltou aos gramados pelo Boa Esporte, pegou 22
anos e três meses de condenação em primeira instância pela morte da ex-amante
Eliza Samúdio.
O placar do julgamento desta
terça ficou em três votos a um. Alexandre de Moraes, Luiz Fuz e Rosa Weber
escolheram o retorno de Bruno à prisão, enquanto Marco Aurélio Mello defendeu que
o goleiro continuasse livre. De acordo com o jornal O Globo, o réu ganhou
liberdade para recorrer porque Mello argumentou que a condenação ainda não foi
confirmada em segunda instância. Entretanto, a maioria do colegiado não
concordou e decidiu pelo retorno de Bruno à cadeia.
Após ser solto, segundo a
Folhapress, Bruno voltou ao futebol profissional no início do mês, após ser
contratado pelo Boa Esporte, de Uberlândia. Sua última partida tinha acontecido
em junho de 2010, pelo Flamengo.
A contratação do goleiro
Bruno dividiu os moradores de Varginha. Enquanto alguns apoiam, outros
demonstraram ser contra. Um grupo de mulheres moradoras de Varginha organizou
um ato de repúdio contra a contratação no dia da sua apresentação pelo clube
mineiro.
Com a repercussão negativa
da contratação do jogador, vários patrocinadores deixaram o Boa Esporte, entre
eles a fornecedora de material esportivo. Embora o Boa ainda jogue com as
camisas confeccionadas pela Kanxa, a marca da empresa não aparece mais.Bruno,
porém, contou com um incentivo especial na estreia.
Alguns familiares do goleiro
marcaram presença no estádio Dilzon Melo, em Varginha. Eles levaram uma faixa
de incentivo ao goleiro, com a inscrição "Somos todos Bruno". Em cada
tempo da partida a faixa ficou em um setor da arquibancada, sempre próxima ao
gol defendido por Bruno.
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