O ministro Edson Fachin,
relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura
de inquérito contra nove ministros do governo Temer, 29 senadores e 42
deputados federais, entre eles os presidentes das duas Casas –como mostram as
83 decisões do magistrado do STF, obtidas com exclusividade pelo Estado. O
grupo faz parte do total de 108 alvos dos 83 inquéritos que a
Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal
(STF) com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do Grupo
Odebrecht, todos com foro privilegiado no STF.
Os ex-presidentes Luiz
Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, não aparecem nesse conjunto porque não
possuem mais foro especial. O Estado teve acesso a despachos do ministro
Fachin, assinados eletronicamente no dia 4 de abril. Também serão investigados
no Supremo um ministro do Tribunal de Contas da União, três governadores e 24
outros políticos e autoridades que, apesar de não terem foro no tribunal, estão
relacionadas aos fatos narrados pelos colaboradores.
Os senadores Aécio Neves
(MG), presidente do PSDB, e Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, são os
políticos com o maior número de inquéritos a serem abertos: 5, cada. O senador
Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, vem em seguida, com 4. O
governo do presidente Michel Temer é fortemente atingido. A PGR pediu
investigações contra os ministros Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil, ,
Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência da República,
Gilberto Kassab (PSD), da Ciência e Tecnologia, Helder Barbalho (PMDB), da
Integração Nacional, Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores, Blairo
Maggi (PP), da Agricultura, Bruno Araújo (PSDB), das Cidades, Roberto Freire
(PPS), da Cultura, e Marcos Pereira (PRB), da Indústria, Comércio Exterior e
Serviços. Padilha e Kassab responderão em duas investigações, cada. As
investigações que tramitarão especificamente no Supremo com a autorização do
ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, foram baseadas nos
depoimentos de 40 dos 78 delatores.
Continua a seguir...
Nenhum comentário:
Postar um comentário