Os relatos de Marcelo
Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo, são utilizados em 7 inquéritos no
Supremo. Entre os executivos e ex-executivos, o que mais forneceu subsídios
para os pedidos da PGR foi Benedicto Júnior, (ex-diretor de Infraestrutura) que
deu informações incluídas em 34 inquéritos. Alexandrino Alencar (ex-diretor de
Relações Institucionais) forneceu subsídios a 12 investigações, e Cláudio Melo
Filho (ex-diretor de Relações Institucionais) e José de Carvalho Filho
(ex-diretor de Relações Institucionais), a 11. Os crimes mais frequentes
descritos pelos delatores são de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de
dinheiro, falsidade ideológica, e há também descrições a formação de cartel e
fraude a licitações. Imunidade.
O presidente da República,
Michel Temer (PMDB), é citado nos pedidos de abertura de dois inquéritos, mas a
PGR não o inclui entre os investigados devido à “imunidade temporária” que
detêm como presidente da República.
O presidente não pode ser
investigado por crimes que não decorreram do exercício do mandato. Lista. Os
pedidos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foram enviados no dia
14 de março ao Supremo.
Ao todo, o procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF 320 pedidos – além dos 83
pedidos de abertura de inquérito, foram 211 de declínios de competência para
outras instâncias da Justiça, nos casos que envolvem pessoas sem prerrogativa
de foro, sete pedidos de arquivamento e 19 de outras providências. Janot também
pediu a retirada de sigilo de parte dos conteúdos.
Entre a chegada ao Supremo e
a remessa ao gabinete do ministro Edson Fachin, transcorreu uma semana. O
ministro já deu declarações de que as decisões serão divulgadas ainda em abril.
Ao encaminhar os pedidos ao STF, Janot sugeriu a Fachin o levantamento dos
sigilos dos depoimentos e inquéritos.
Bastidores do Poder
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