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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Veja o posicionamento dos clubes cariocas sobre o pedido do MP:



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Flamengo: "Sou totalmente contrário a essa medida de torcida única. Isso descaracteriza o espetáculo de futebol e seria uma pá de cal no futebol carioca. Ideal seria termos famílias e pessoas que têm times diferentes e que possam comparecer a estádios juntos, cada um torcendo pelo seu time, como sempre foi. Essa medida é simplista e não resolve o problema. Parte de uma ótica errada. As mortes provavelmente seguirão acontecendo longe dos estádios, como esses que se denominam torcedores marcam encontros para realizar seus conflitos. O Flamengo vai sempre colaborar com as autoridades, mas essa ótica está errada. Criminoso não tem CNPJ, nem CPF", disse o presidente bandeira de Melo.
Fluminense: "O Fluminense lamenta que devido a tantos episódios de violência tenha se chegado ao ponto de uma determinação de torcida única nos clássicos. O clube repudia qualquer tipo de violência e espera que essa medida não seja definitiva para que em breve possamos ter de volta a confraternização entre todas as torcidas nos estádios do Rio de Janeiro", afirmou Pedro Abad.
Botafogo: "O melhor seria estarmos preparados para os eventos. Ficou claro que não houve isso no domingo. Vejo, por outro lado, que foi um problema bem específico por conta de uma greve. Normalmente o Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádio) tem contingente suficiente e sabe como lidar com as organizadas. Sobre a torcida única, especificamente, acho que pode se tentar, funciona bem em São Paulo. Não é o ideal, mas pode se tentar. O que me parece um pouco absurdo é o parecer que nos obriga a cadastrar os membros de organizada. Não temos a menor condição de fazer isso. Como vamos fazer? Não temos esse poder. Vou interpelar uma pessoa e decidir se ela pode ou não entrar no estádio", completou o presidente Carlos Eduardo Pereira.
Ferj: A FERJ não distribui ingressos, não possui torcida e muito menos torcida organizada. A emissão, distribuição, venda e controle de ingressos cabe exclusivamente aos clubes, não tendo a FERJ nenhuma interferência nesses procedimentos.
Especialista em legislação desportiva:  "A limitação da torcida única nos clássicos, como já existe em São Paulo desde 2016 e pode se tornar permanente, materializa a incapacidade do Poder Público de combater a violência e punir os torcedores delinquentes, com prisão ou proibição de frequentar os Estádios de futebol, tudo exatamente como determina a legislação vigente. Por isso, imprescindível que os clubes resistam a essa medida e trabalhem, juntamente com a polícia e demais autoridades, para encontrar outras soluções, evitando que o futebol perca o que tem de mais valioso, pois sem o torcedor no Estádio, o futebol e a rivalidade deixam de fazer sentido", disse o advogado Carlos Eduardo Ambiel.


Com informações da Folhapress.

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