Flamengo: "Sou
totalmente contrário a essa medida de torcida única. Isso descaracteriza o
espetáculo de futebol e seria uma pá de cal no futebol carioca. Ideal seria
termos famílias e pessoas que têm times diferentes e que possam comparecer a
estádios juntos, cada um torcendo pelo seu time, como sempre foi. Essa medida é
simplista e não resolve o problema. Parte de uma ótica errada. As mortes
provavelmente seguirão acontecendo longe dos estádios, como esses que se
denominam torcedores marcam encontros para realizar seus conflitos. O Flamengo
vai sempre colaborar com as autoridades, mas essa ótica está errada. Criminoso
não tem CNPJ, nem CPF", disse o presidente bandeira de Melo.
Fluminense: "O
Fluminense lamenta que devido a tantos episódios de violência tenha se chegado
ao ponto de uma determinação de torcida única nos clássicos. O clube repudia
qualquer tipo de violência e espera que essa medida não seja definitiva para
que em breve possamos ter de volta a confraternização entre todas as torcidas
nos estádios do Rio de Janeiro", afirmou Pedro Abad.
Botafogo: "O melhor
seria estarmos preparados para os eventos. Ficou claro que não houve isso no
domingo. Vejo, por outro lado, que foi um problema bem específico por conta de
uma greve. Normalmente o Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádio)
tem contingente suficiente e sabe como lidar com as organizadas. Sobre a
torcida única, especificamente, acho que pode se tentar, funciona bem em São
Paulo. Não é o ideal, mas pode se tentar. O que me parece um pouco absurdo é o
parecer que nos obriga a cadastrar os membros de organizada. Não temos a menor
condição de fazer isso. Como vamos fazer? Não temos esse poder. Vou interpelar
uma pessoa e decidir se ela pode ou não entrar no estádio", completou o
presidente Carlos Eduardo Pereira.
Ferj: A FERJ não distribui
ingressos, não possui torcida e muito menos torcida organizada. A emissão,
distribuição, venda e controle de ingressos cabe exclusivamente aos clubes, não
tendo a FERJ nenhuma interferência nesses procedimentos.
Especialista em legislação
desportiva: "A limitação da torcida
única nos clássicos, como já existe em São Paulo desde 2016 e pode se tornar
permanente, materializa a incapacidade do Poder Público de combater a violência
e punir os torcedores delinquentes, com prisão ou proibição de frequentar os
Estádios de futebol, tudo exatamente como determina a legislação vigente. Por
isso, imprescindível que os clubes resistam a essa medida e trabalhem,
juntamente com a polícia e demais autoridades, para encontrar outras soluções,
evitando que o futebol perca o que tem de mais valioso, pois sem o torcedor no
Estádio, o futebol e a rivalidade deixam de fazer sentido", disse o
advogado Carlos Eduardo Ambiel.
Com informações da
Folhapress.
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