O pronunciamento oficial do
presidente Michel Temer (PMDB) em rede nacional de rádio e televisão feito na
noite deste sábado, 24, foi recebido com panelaço em diversas cidades do
Brasil. Nas redes sociais, houve relatos de protestos em cidades como São
Paulo, Rio, Salvador, Brasília, Recife, Porto Alegre, Bauru e Feira de Santana.
Na capital fluminense, foi possível ouvir o som das panelas em boa parte da
zona sul, como no Botafogo e em Copacabana, mas também em bairros como a
Tijuca. Em São Paulo, houve panelaço em boa parte da região central e também
nas zonas Sul e Oeste, em locais como Perdizes, Pompeia e Pinheiros.
Em sua fala, Temer
apresentou um balanço de sua gestão até o momento e alegou que enfrentou
"imensos desafios" nos primeiros meses de governo, mas que tem
trabalhado "dia e noite para fazer as reformas necessárias" para o
País voltar a crescer. Segundo ele, o Brasil está "no caminho certo"
e o próximo Natal "será muito melhor do que este".
"O Brasil tem pressa, e
eu também. Nesses poucos meses do nosso governo, muito já foi feito. Com os
esforços que fizemos, a inflação caiu e voltou a ficar dentro da meta, o que
vai colocar um freio na carestia que você sente no supermercado", disse o
presidente.
Temer afirmou que no próximo
ano o País retomará investimentos e diminuirá o número de desempregados.
"Precisamos crescer. Trabalhamos para voltar a crescer. Vamos crescer.
Desta vez, um crescimento sustentável e responsável. Estamos mudando as
estruturas do nosso País."
No vídeo, ele lembrou da
aprovação recente no Congresso da PEC que limita os gastos públicos e da lei
que moraliza e dá transparência à administração das estatais, além da reforma
do ensino médio, que foi aprovada apenas na Câmara e aguarda análise do Senado.
O presidente também afirmou que começou a preparar o terreno para a reforma da
Previdência, tema espinhoso que deverá ser analisado pelos parlamentares no
início do ano que vem. Ele finalizou a mensagem fazendo uma homenagem ao
cardeal dom Paulo Evaristo Arns, falecido no dia 14 de dezembro.
Poder & Política
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