Depressão. No consultório do
médico do trabalho José Hildoberto, em São Paulo, os problemas financeiros têm
aparecido com mais frequência como motivo de quadros de estresse e depressão.
Segundo ele, as queixas ganharam força no ano passado, em meio ao aumento do
desemprego. “Existe uma preocupação grande com a família.”
Ele próprio já se viu enrolado com dívidas,
quando pegou um empréstimo de R$ 40 mil há três anos. O médico tinha cinco
contas bancárias e, muitas vezes, caía no cheque especial, não por falta de
dinheiro, mas por errar na administração. Depois de começar a acompanhar os
gastos pelo aplicativo, conseguiu organizar as contas.
Para 2017, o consultor de finanças do programa
Vida Investe, Ricardo Figueiredo sugere que o consumidor olhe para as chamadas
“pequenas contas”, como TV por assinatura e celular. “O brasileiro precisa
adequar os gastos à sua realidade.” O consultor também orienta colocar a poupança
mensal como um gasto fixo. “É um exercício diário, mas que fará diferença com o
tempo.”
Um caminho para começar esse planejamento é
não levar as pendências para o ano que vem e usar o 13.º salário e eventuais
bonificações para pagar dívidas e poupar para impostos e gastos escolares. “O
importante é entender que todo o recurso extra não deve sumir no mês de
dezembro”, diz.
Aperto. De acordo com a pesquisa de Hábitos de
Consumo da Boa Vista SCPC, 72% dos brasileiros vão usar o 13.º salário para
saldar dívidas e pagar as contas de início do ano. Apenas 13% dos entrevistados
vão poupar ou investir.
Ascom Força Sindical
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