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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Saída lenta da crise prolonga aperto no orçamento das famílias para 2017 – Parte ll



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Depressão. No consultório do médico do trabalho José Hildoberto, em São Paulo, os problemas financeiros têm aparecido com mais frequência como motivo de quadros de estresse e depressão. Segundo ele, as queixas ganharam força no ano passado, em meio ao aumento do desemprego. “Existe uma preocupação grande com a família.”
 Ele próprio já se viu enrolado com dívidas, quando pegou um empréstimo de R$ 40 mil há três anos. O médico tinha cinco contas bancárias e, muitas vezes, caía no cheque especial, não por falta de dinheiro, mas por errar na administração. Depois de começar a acompanhar os gastos pelo aplicativo, conseguiu organizar as contas.
 Para 2017, o consultor de finanças do programa Vida Investe, Ricardo Figueiredo sugere que o consumidor olhe para as chamadas “pequenas contas”, como TV por assinatura e celular. “O brasileiro precisa adequar os gastos à sua realidade.” O consultor também orienta colocar a poupança mensal como um gasto fixo. “É um exercício diário, mas que fará diferença com o tempo.”
 Um caminho para começar esse planejamento é não levar as pendências para o ano que vem e usar o 13.º salário e eventuais bonificações para pagar dívidas e poupar para impostos e gastos escolares. “O importante é entender que todo o recurso extra não deve sumir no mês de dezembro”, diz.
 Aperto. De acordo com a pesquisa de Hábitos de Consumo da Boa Vista SCPC, 72% dos brasileiros vão usar o 13.º salário para saldar dívidas e pagar as contas de início do ano. Apenas 13% dos entrevistados vão poupar ou investir.

Ascom Força Sindical



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