Ficha suja: Para o advogado
eleitoral Rodrigo Pedreira, embora as situações de "ficha suja" não
sejam maioria, elas são relevantes. "O número absoluto [mais de 2.800
casos] é muito significativo."
As ocorrências relacionadas
à Ficha Limpa são prioridade no Ministério Público, segundo o procurador regional
eleitoral em São Paulo, Luiz Carlos dos Santos Gonçalves.
"A lei está cumprindo
um papel extraordinário. Ela desestimula que fichas sujas se candidatem e,
mesmo quando se candidatam, apesar dessa nova cultura que se forma, eles são de
fato barrados", afirma.Gonçalves aponta que, em eleições anteriores, o
número de vetados pela Ficha Limpa era maior. "Agora, esse pessoal nem
tenta mais. Sabe que não tem jeitinho ou conversa."
Pedreira, no entanto, diz
que a Ficha Limpa tutela demais o eleitor em alguns casos. "A lei impede
que uma pessoa seja sufragada pelos eleitores. É preciso verificar se os
motivos para ficar de fora da disputa são realmente graves", afirma.
Burocracia: Falta de
documentos, como certidão criminal, idade não compatível e perda de prazos
configuram falta de requisitos para o registro da candidatura. Tais questões
burocráticas são mais numerosas entre as razões que tiram um candidato da
corrida. Para os especialistas ouvidos pela Folha, essa situação é corriqueira.
"A lei exige uma série
de requisitos e nem sempre as pessoas se preparam a tempo", diz Gonçalves.
"A candidatura exige planejamento e as pessoas deixam para a última
hora."
"No interior, a
realidade é diversa dos grandes centros", afirma Pedreira. "É preciso
ter um certo conhecimento de tecnologia para expedir certidões, digitalizar
documentos e acompanhar os prazos pela internet."
Com informações da
Folhapress.
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