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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Impasses travam delação premiada de Marcelo Odebrecht



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O comportamento amistoso do empresário Marcelo Odebrecht, mantido desde o início da negociação de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato, mudou nas últimas duas semanas. Quem frequenta a carceragem da Polícia Federal em Curitiba diz ter encontrado o “Príncipe” – como o empreiteiro é conhecido pelos colegas de cárcere – colérico. A mudança de comportamento seria reflexo das dificuldades de seus advogados em fechar o acordo de delação nos moldes como o empresário planejou. Três pontos travam o acerto para uma colaboração premiada com a Lava Jato.
O primeiro é o tempo de prisão. Marcelo Odebrecht diz já ter permanecido tempo demais preso. Por isso, em troca do acordo, pediu para ficar dois anos e meio preso, descontado o um ano e quatro meses já cumprido. A proposta foi rejeitada pela força-tarefa da Lava Jato. Para eles, o empresário precisa ficar pelo menos mais dois anos e meio em regime fechado. Primogênito de Emílio Odebrecht, que assumiu a condução das negociações da delação, o empreiteiro está detido, em Curitiba, desde 19 de junho de 2015.
Acusado de ser um dos líderes do esquema de cartel e corrupção na Petrobrás, Marcelo Odebrecht vislumbrava que suas propostas fossem integralmente aceitas pela força-tarefa. O empresário disse a terceiros, segundo apurou o Estado, que deixaria a mesa de negociações se a força-tarefa não aceitasse a redução do prazo de prisão em regime fechado e negasse uma saída temporária no Natal e no ano-novo.


Poder & Política 

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