As Centrais Força Sindical,
UGT , CSB e NCST estão empenhadas para que a propalada reforma previdenciária
que o governo pretende efetivar não traga consequências nocivas para a classe trabalhadora,
como por exemplo o estabelecimento de uma idade mínima entre homens e mulheres
para efeito de aposentadoria (aumentar o tempo de trabalho num País onde a
maioria das pessoas é obrigada a começar a trabalhar mais cedo), ou, ainda, a
desvinculação do reajuste das aposentadorias da correção do salário mínimo.
Não teria cabimento obrigar,
por exemplo, um trabalhador da construção civil, um operário do chão de fábrica
ou um cortador de cana alongar suas já exaustivas jornadas de trabalho por mais
alguns anos antes de conceder-lhes o direito à aposentadoria. Nem, no caso da
desvinculação do reajuste previdenciário da correção do mínimo, deixá-lo sem
aumento real, defasando seus benefícios. Não aceitaremos retrocessos, nem que
os trabalhadores brasileiros sejam, novamente, os mais penalizados para sanar
problemas financeiros e administrativos provocados justamente por quem está
onde está para evitá-los ou, na pior das hipóteses, saná-los.
Buscando soluções viáveis
para a questão, de ajustar o cada vez maior rombo previdenciário e melhorar a
arrecadação, sem retirar direitos dos trabalhadores, um documento contendo
propostas concretas foi redigido pelas Centrais e entregue ao governo, que,
inclusive, já acatou algumas delas e acenou com seu direcionamento ao Fórum da
Previdência, composto por representantes dos trabalhadores, do empresariado e
do próprio governo, e criado para esta finalidade.
Entre as propostas acatadas
pelo governo estão a revisão das isenções das entidades filantrópicas, a
criação de um Refis (Programa de Recuperação Fiscal) para a cobrança dos R$ 236
bi de dívidas ativas recuperáveis, a venda de imóveis ociosos do INSS e a
destinação para a Previdência das receitas provenientes da regulamentação dos
jogos.
As soluções estão aí, resta
colocá-las em prática. O que, esperamos, seja rápido!
Paulo Pereira da Silva –
Paulinho
Presidente da Força Sindical
e deputado federal
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