O presidente interino da
Câmara dos Deputados Waldir Maranhão (PP-MA) tem tomado atitudes que
surpreendem os seus colegas. Após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
Maranhão tem dado sinais trocados que confundem aliados e adversários.
A reportagem do jornal O
Globo destaca que Waldir Maranhão tem ligação com o governador Flávio Dino
(PCdoB) e espera apoio dele para disputar o Senado nas próximas eleições. Essa
aproximação tem norteado alguns de seus passos políticos.
Maranhão também está magoado
com alguns críticas feitas por Eduardo Cunha e isso influencia nas suas ações.
Waldir admitiu a aliados que deu quatro decisões favoráveis a Cunha no Conselho
de Ética, o que ajudou a atrasar o andamento do processo, e que, mesmo assim,
Cunha disse que a Câmara está “acéfala” e governada por uma “interinidade
bizarra”.
Maranhão tem se desvinculado
de Eduardo Cunha e dos líderes do centrão e se aproximado aos deputados da
esquerda. Uma conversa dele com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi
vista com desconfiança por peemedebistas.
Além disso, a publicação
cita que o presidente interino fez na sexta-feira um gesto importante para o
PCdoB e deputados da esquerda ligados à União Nacional dos Estudantes (UNE):
cancelou a CPI para investigar indícios de irregularidades de uso de recursos
públicos pela entidade. A CPI foi criada por Cunha, atendendo a pedido do
deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
Ainda de acordo com O Globo,
um interlocutor de Temer frizou que há urgência em se realizar a eleição para a
presidência da Câmara muito pela instabilidade provocada pela permanência de
Maranhão no cargo. "O Maranhão joga para todo lado. Está jogando agora com
Rodrigo Maia e tem a influência do Flávio Dino. Ele conversou também com Lula,
que deve ter vendido terrenos na Lua para ele", avaliou um auxiliar do
Palácio do Planalto.
Poder & Política
Nenhum comentário:
Postar um comentário