A tentativa do atual governo
de emplacar essa malfadada reforma da previdência, seguindo um modelo de
imposição e interesses financeiros, tenho em vista uma total falta de critério,
e de discussões e análises amplas e participativas, resulta em ameaças, que se
revelam, nos títulos e chamadas dos principais jornais e veículos de
comunicação do país, que anunciam a tentativa do Palácio do Planalto, de querer
acabar com aposentadorias especiais para trabalhadores que exercem atividades
perigosas, insalubres e que ficam expostos a riscos.
Veículos de Comunicação,
como o Jornal “O Globo” e o site informativo “Brasil 2 pontos”, entre outros,
informam e deixam explícito que existe uma “Lista Negra” que inclui até
professores do ensino infantil, além de trabalhadores do ramo químico, que
podem ser atingidos diretamente pelo plano. O mesmo também prevê alterações no
sistema de aposentadoria de outros segmentos profissionais.
Protestamos veementemente e
fazemos uma alerta a toda sociedade contra tal medida. A desinformação é total,
e por isso reiteramos que, se parte dos trabalhadores nas indústrias químicas
pode ter aposentadoria especial é porque existe uma exposição comprovada a
riscos, acima dos limites de tolerância. Ora, é lógico que essa exposição pode
prejudicar a saúde do trabalhador. Sendo assim, retardar as aposentadorias
especiais é apostar que esses trabalhadores não receberão ou receberão por
menos tempo os benefícios. Vale lembrar que as empresas que oferecem riscos
maiores, são também as que mais contribuem para Previdência, através do FAP
(Fator Acidentário de Prevenção), justamente para bancar essas mesmas
aposentadorias. O que muito nos preocupa, e o que falta, é a fiscalização.
O Estado não pode ser
irresponsável e omisso, e além de tudo se propor a retirar direitos legítimos e
de vital importância. O governo já fez irresponsáveis desonerações fiscais, e
agora quer mais uma vez jogar o custo da Reforma da Previdência nas costas dos
trabalhadores. Não vamos e nem podemos aceitar isso!
Sergio Luiz Leite, Serginho
é presidente da FEQUIMFAR (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas
e Farmacêuticas do Estado de São Paulo), sendo também 1º Secretário da Força
Sindical e membro do Conselho Deliberativo do FAT/MTE
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