O mercado de trabalho
brasileiro voltou a registrar números negativos em maio com o fechamento de
72,6 mil vagas formais, segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho
nesta sexta-feira (24).
Embora negativo, o número
representa uma desaceleração em relação a maio de 2015, quando foram encerrados
115,6 mil postos. Na comparação com os dados de abril, que teve o fechamento de
62,8 mil empregos, ainda houve uma variação negativa de 0,18%.
O estoque do emprego no
Brasil em maio está em 39,2 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
Serviços (-36,96 mil
postos), comércio (-28,88 mil postos), construção civil (-28,74 mil) e
indústria de transformação (-21,16 mil) são alguns dos setores em que os cortes
foram maiores. Mais uma vez, agricultura e administração pública foram os
únicos de geração positiva, com 43,1 mil e 1,4 mil postos adicionados
respectivamente.
De acordo com o Ministério
do Trabalho, "a redução do nível de emprego com carteira de trabalho no
comércio deveu-se principalmente à perda de postos no comércio varejista
(-23,33 postos)".
No recorte por Estados, as
maiores perdas ficaram em Rio Grande do Sul (-15,82 mil), Rio de Janeiro
(-15,68 mil) e São Paulo (-12,17 mil).
O mercado de trabalho
brasileiro abriu o ano de 2016 com novos recordes na crise do emprego e a
tendência de fechamento de vagas se manteve nos meses de fevereiro e março.
Assim como nesta divulgação do mês de maio, o declínio já havia dado sinais de
desaceleração em abril, quando o Ministério do Trabalho divulgou o encerramento
de 62,8 mil postos, queda menos intensa em relação aos 97,8 mil registrados em
abril do ano passado.
O emprego vem sofrendo os
efeitos da desaceleração econômica e do clima de incertezas em relação à
retomada, prejudicado especialmente pelas demissões na indústria e na
construção civil, com o fechamento de mais de 1,5 milhão de vagas em 2015, o
pior resultado desde 1992, quando teve início a série estatística do governo.
Com informações da Folhapress.
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