Social Icons

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Temer tem dificuldades para montar base


Sob a expectativa de assumir o Palácio do Planalto, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) está tendo dificuldade para montar uma base aliada consistente no Congresso. Principal interlocutor do gabinete de uma provável transição, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) não está conseguindo amarrar apoios. Na quinta-feira, a direção executiva do PSB, partido que conta com 33 deputados federais e sete senadores, se reunirá para definir uma posição sobre uma eventual administração Temer. A maioria do colegiado defende a mesma linha que hoje é majoritária no PSDB: não participar com cargos caso Temer assuma a Presidência. A proposta é apoiada pela maioria da direção da legenda e defendida por dois caciques do partido, o vice-governador de São Paulo, Márcio França, e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. “Uma virtual nova administração precisa ter liberdade para escolher os melhores quadros. É preciso acabar com o toma lá, dá cá”, diz o presidente do PSB, Carlos Siqueira. O discurso oficial do gabinete de transição é que eventual novo governo terá, de partida, os 367 votos favoráveis ao impedimento de Dilma Rousseff na Câmara, número que viabiliza a votação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Na prática, porém, a “independência orgânica” dos dois maiores partidos de oposição tende a levar Temer para a permanente e desgastante negociação de varejo com partidos como PP, PSD e PR, que compõem o chamado centrão. “Tem partido que morreu com a Dilma e pode acabar ressuscitando no governo Temer”, diz o deputado Silvio Torres (SP), secretário-geral do PSDB. Ele defende a licença do partido por tucanos que aceitarem cargos em eventual novo governo.
Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário