Considerado um dos grandes
nomes da oposição no Congresso Nacional, o senador Álvaro Dias, que trocou o
PSDB pelo PV no começo do ano, diz que não será aliado em eventual governo de
Michel Temer. Ele afirmou que já nota uma "vontade incrível" por
parte de integrantes do PMDB de "sentar na cadeira antes da hora" -
embora ele próprio já considere o impeachment de Dilma Rousseff um fato
consumado.
"Eu sou oposição e não
pretendo mudar de lado. Se houver um governo da Dilma ou do Michel Temer, muda
apenas o presidente, mas o governo é o mesmo", diz. Segundo ele o PMDB é
sócio-majoritário da atual "massa falida". "Essa herança maldita
foi oferecida ao povo brasileiro também pelo PMDB", disse, acrescentando
que o partido ocupou o maior espaço no "latifúndio do aparelhamento
brasileiro".
Questionado sobre a
estratégia da oposição caso o impeachment seja aprovado na Câmara, ele diz que
agirá com a maior eficiência possível, tentando motivar o Senado a decidir
rapidamente. Segundo ele, isso deve acontecer depois do mês de maio.
Luís Lima, de Brasília
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