Mais de 800 pacientes
portadores de hemofilia realizam tratamento gratuito, para controlar a doença,
na Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba), localizada na
Avenida Vasco da Gama, em Salvador. Os atendimentos periódicos, desenvolvidos por
uma equipe multidisciplinar da fundação, oferecem diversos serviços, desde
fisioterapia até a aplicação venosa do medicamento, custeado pelo Ministério da
Saúde, o que tem melhorado a qualidade de vida dos hemofílicos e ajudado também
na prevenção.
“Com a quantidade que
recebemos, podemos aplicar doses do medicamento periodicamente nos portadores
da doença que estão cadastrados no Hemocentro. É como se eles estivessem sob
efeito do remédio, aliviando as dores nas articulações e prevenindo os
sangramentos”, explica a hematologista Larissa Rocha, coordenadora do
Ambulatório da Hemoba.
A hemofilia é uma doença
congênita, classificada em leve, moderada ou grave, sendo que 99% dos
portadores são do sexo masculino. A enfermidade é um defeito no sistema de
coagulação do sangue, tendo como principais sintomas o sangramento recorrente e
o inchaço nas articulações. Com a doença, uma situação aparentemente banal pode
ter consequências desastrosas.
“No passado, perdi um irmão
quando ele tinha apenas sete anos de idade. O motivo foi um sangramento causado
pela retirada de um dente de leite. Eu também era criança e lembro que o sangue
não parava de descer”, diz o presidente da Associação Baiana de Hemofilia,
Wilson Carlos Azevedo Lima, que é portador da doença.
Wilson é paciente do Hemoba
desde 1993. Na fundação, ele realiza atividades fisioterápicas e recebe
medicamentos para controlar a hemofilia. “Tenho a doença no nível grave, mas
tenho conseguido controlar os sintomas graças ao acesso ao medicamento”.
Dia Mundial da Hemofilia: A
atenção da Hemoba com os hemofílicos ultrapassa as barreiras da relação
médico-paciente. Para comemorar o Dia Mundial da Hemofilia (17 de abril),
funcionários da fundação vão apresentar para os pacientes a peça ‘Bota a Cara
no Sol’, dirigida pelo almoxarife Paulo Nery, neste sábado (16), às 16h, no
Teatro Sesi do Rio Vermelho, em Salvador. O espetáculo é uma homenagem
descontraída, voltada à valorização do ser humano. “A peça não tem a doença
como tema. O nosso objetivo é abordar situações do cotidiano em formado de
humor e mostrar que, apesar da hemofilia, os pacientes são pessoas como outra
qualquer”, explica Nery.
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo
da Bahia
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